domingo, 26 de setembro de 2010

Noite barulhenta...






No ano das comemorações do centenário da república, a Câmara Municipal de Lisboa resolveu finalmente, alcatroar a Rua António Joaquim Granjo, vai daí transformou a Noite Sangrenta numa Noite Barulhenta e trabalharam até às 04:00 da madrugada do dia 25 de Setembro. Agente águenta... Viva a República...

António Granjo foi cruelmente assassinado na noite de 19 para 20 de Outubro de 1921, conhecida por Noite Sangrenta, na sequência da revolução de cariz radical iniciada a dia 19, que o levou a pedir a demissão do cargo de primeiro ministro que então desempenhava.
Os seus assassinos foram marinheiros e soldados da GNR integrantes do movimento revolucionário em curso comandados pelo cabo Abel Olímpio, o Dente de Ouro. António Granjo foi levado de casa de Cunha Leal, afecto ao Partido Democrático, onde tinha tentado obter protecção, e levado para o Arsenal da Marinha. À sua chegada foi ferido com dois tiros no pescoço, tendo sido tratado na enfermaria e recolhido a um quarto. Um grupo de revolucionários entrou no quarto onde se encontrava gravemente ferido crivando-o de balas. Depois disso um corneteiro da GNR ainda lhe cravou um sabre no ventre.
Na sequência desta revolução vale recordar que na Noite Sangrenta foram também assassinados outros republicanos do 5 de Outubro, entre os quais os revolucionários Machado Santos e José Carlos da Maia. Em comum entre todos os assassinados o terem sido opositores da corrente radical que dominou a Primeira República Portuguesa, com a excepção de poucos e breves interregnos.












1 comentário:

FJorge disse...

Não seria bem mais adequado comemorar o centenário da República e homenagear esta personalidade arborizando o arruamento. Enfim, os nossos autarcas ainda pensam mais com alcatrão do que com verde!