segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Um projecto para a Calçada de Carriche.

Calçada de Carriche, à saída norte de Lisboa. Era uma calçada. Por ela “subia e descia” a Luísa do António Gedeão. Agora é uma artéria por onde fluem milhares de veículos por dia (já foram mais, antes da conclusão do Norte-Sul). Vejam uma perspectiva da actual “calçada”, tirada de sul para norte. Reparem nos prédios lá ao fundo.



Formam um conjunto urbanístico de duas ruas: Cidade de Tomar e Quinta das Lavadeiras. Visto de mais de perto, os prédios parecem em equilíbrio precário aos olhos dos que circulam em baixo, encimando uma encosta cheia de canas e outdoors, como se vê na foto seguinte.



As canas têm uma função. Evitam a erosão do solo e, sem elas, segundo os técnicos da CML, poderiam ocorrer aluimentos. Por isso há cortes regulares nas bermas mas não se mexe no interior do canavial. No meio dele há lixo que, naturalmente, ninguém pode apanhar e o mato, quando seco, arde com facilidade. Portanto a encosta, tal como está, tem riscos de aluimento, de fogo e é um local sujo.



A encosta estende-se pela vizinha Estrada da Circunvalação por mais uns 100 metros. É um espaço interessante para um projecto de arquitectura paisagística em pequena escala. A requalificação do local, incluindo as acessibilidades e outros melhoramentos, também necessários lá nas ruas de cima e de que não falo aqui por razões de espaço, para além dos benefícios para os moradores (sou parte interessada) embelezaria esta porta de Lisboa para os que entram e saem da cidade.

Já fiz essa sugestão à CML, sem sucesso. E propus um projecto ao Orçamento Participativo para 2010 que foi seleccionado e orçamentado, mas que, infelizmente, não teve votos suficientes. Vou continuar a tentar, tenho alguma esperança de que o interesse deste projecto seja reconhecido. Entretanto deixo este apontamento para partilhar a ideia com os leitores deste blog.

Jorge Abrantes

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