Nós gostamos muito da Mouraria. O bairro não se reduz a um estereótipo de marginalidade, toxicodependência, local de acolhimento de imigrantes e paraíso das lojas de indianos e chineses. No passado dia 26 de Junho coincidimos com a Procissão de Nossa Senhora do Socorro. As fotos foram ficando esquecidas. Mas não quisemos deixar de registar este retrato de uma velha Lisboa que é também o novo Portugal.
Paisagens, quero-as comigo.
Paisagens, quadros que são...
Ondular louro do trigo,
Faróis de sóis que sigo,
Céu mau, juncos, solidão...
Umas pela mão de Deus,
Outras pelas mãos das fadas,
Outras por acasos meus,
Outras por lembranças dadas...
Paisagens... Recordações,
Porque até o que se vê
Com primeiras impressões
Algures foi o que é,
No ciclo das sensações.
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