sexta-feira, 9 de julho de 2010

EPUL: Rua do Benformoso.






















































No dia 25 de Outubro de 2004, a EPUL publicou no seu sítio o seguinte comunicado de imprensa:

«A EPUL - Empresa Pública de Urbanização de Lisboa inicia hoje a comercialização de 59 apartamentos e de nove lojas inseridas na operação EPUL Reabilitação Urbana, sendo 25 dos apartamentos exclusivamente destinados à aquisição por Jovens, através de sorteio, e as restantes fracções (34 apartamentos e 9 lojas) para venda através de apresentação de proposta de preço em carta fechada.
As fracções agora comercializadas estão inseridas nos programas "Lx a Cores" e "Repovoar Lisboa" e estão situadas em edifícios que serão alvo de um processo de reabilitação ou reconstrução, localizados em zonas históricas de Lisboa, nomeadamente São Bento, Mouraria, São Paulo, Necessidades e Alfama.

Os apartamentos em comercialização têm áreas privativas de 41 a 173 m2, com preços compreendidos entre os 67.800 (sorteio para Jovens) e os 359.400 Euros (preço base para apresentação de proposta) e, uma vez que, na sua grande maioria, se tratam de habitações reabilitadas e/ou reconstruídas respeitando as configurações exteriores originais, têm tipologias desde o T0 ao T4. O presente concurso decorre até ao próximo dia 25 de Novembro.

Concurso por sorteio para Jovens

Para venda exclusiva junto do público mais jovem, desde os 18 até aos 35 anos (ou cuja soma de idades não ultrapasse os 60 anos sendo pessoas casadas ou a viver em união de facto), estão incluídos 25 apartamentos em edifícios situados na Rua de São Bento, na Rua do Benformoso, na Rua da Amendoeira, no Largo da Achada e nas Escolas Gerais, com áreas de 41 a 108 m2 e preços de 67.800 (T0) a 184.900 Euros (T3).»

Seis anos depois, os apartamentos da Rua do Benformoso continuam por vender e desocupados. Assim, como cidadãos de Lisboa, gostaríamos de colocar algumas questões à EPUL e à CML:
1) Quem foi o génio do marketing que teve a ideia peregrina de reabilitar e comercializar um edifício a poucos metros de um notório e descontrolado centro de tráfico e consumo de droga a céu aberto?

2) A EPUL gosta de ter prejuízos e de se sabotar?

3) Afinal para que serve a EPUL (e as suas boas intenções) quando a empresa pública se comporta como mais um agente económico, praticando preços de mercado e contribuindo para as distorções que impossibilitam a reabilitação urbana e a ocupação efectiva da cidade por novas gerações?

4) A EPUL Jovem não se deveria chamar EPUL Jovem Afluente?

5) Já ocorreu à EPUL arrendar ou ceder por tempo limitado os imóveis desocupados?

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