sábado, 22 de maio de 2010

Lisboa.

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LISBOA
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Do rio Lis, boa, Lisboa diz
«Eu sou do rio Lis, boa».
Lisboa é, Lisboa tem
ralé, gente bem,
gentio da Guiné,
ladrões de quem,
a Sé, o dia mais o Tejo
e finalmente Lisboa é tudo o que vejo.
Fé em tudo o que tem
a verdade de ela ser de todas entre e
entre todas a maior cidade
de ela ser entre todas a mais bela cidade
e à janela Lisboa poisa triste
olhando além do cais
e a tudo quanto existe diz
«Mais, mais, mais».
Lisboa, sempre,
quente no Verão
mais álvida no Inverno,
Lisboa, desce, então,
do rio Lis, boa,
eterna parábola do que no seu nome soa.
E Lisboa vem para baixo desce
faz-se mais baixo, acho e cresce que
Lisboa desde o Lis para boa ou para flor
diz e sempre diz e mil vezes diz.
«Sim, eu sou Lisboa por favor».
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António Gancho
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