sexta-feira, 7 de maio de 2010

Inês Medrosa.



















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Cara InêsPedrosa,
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Tendo sabido que vai manter a Casa Fernando Pessoa aberta, com um argumento de constitucionalidade («Entendo que não há justificação para a tolerância de ponto. Fui buscar a Constituição da República e tomei aquela decisão» in Sol, de 7/5/2010), vimos perguntar ou dizer:

1 - A Casa Fernando Pessoa não goza de autonomia administrativa, é um serviço da CML.
2 - Se a CML decreta a tolerância de ponto, considera que essa determinação é inconstitucional? Se sim, porque não se demite de funções?
3 - Falando em funções, os funcionários. Não pode dizer que «não há justificação para a tolerância de ponto» e depois afirmar que os funcionários da Casa F Pessoa poderão ir ao Papa. Desculpe: se «não há fundamento», então todos têm de trabalhar. Mas disso, de levar até ao fim as suas convicções, a Senhora tem medo. Por isso, decreta uma «semi-tolerância»: é inconstitucional, a Casa abre, mas os funcionários farão o que quiserem. Toda a gente contente, não é? A sua consciência ideológica e a vontade dos funcionários.
4 - Se não há justificação para a tolerância de ponto, os funcionários não têm de ser compensados por ir trabalhar, como diz. Têm de trabalhar e ponto final.
5 - Acha que pode interpretar e aplicar a Constituição à revelia das determinações da CML?
6 - Já agora: na Sexta-Feira Santa, no Santo António, no Natal, no Corpo de Deus, como se tem portado a Casa Fernando Pessoa? Como utentes laicos, exigimos que abra as portas.
7 - Já se percebeu: quis fazer disto uma «bandeira». Mas não teve a coragem de o fazer até às últimas consequências. Se fosse corajosa:
(a) demitia-se, em protesto;
(b) abria a Casa F Pessoa e obrigava todos os funcionários a estarem presentes;
(c) nunca fecharia a Casa F Pessoa nos dias de feriados religiosos.
Isso, sim, era coragem. O seu gesto, meramente retórico, não passa disso mesmo: um acto simbólico inconsequente, medroso. Inês Medrosa?

3 comentários:

Carlos Portugal disse...

Li hoje no jornal que a mesma senhora afirmou que os funcionários que ficarem de serviço nos dias de tolerância de ponto serão compensados com folgas de duração semelhante noutros dias à sua escolha.
Para além de ser completamente ilegal, esta determinação da senhora directora é a prova provada da incoerência da sua atitude de falso moralismo jacobino.
Espera-se que a tutela cumpra o seu dever. Por muito menos, como foi o caso dos médicos que escreveram em papel timbrado, o implacável poder republicano, laico e socialista não hesitou.

Bic Laranja disse...

Qualquer idiota agitando Constituição se pode julgar um paladino da liberdade. Mas é só um idiota. No caso uma senhora idiota.
Cumpts.

Nuno Castelo-Branco disse...

Com os "comícios" que o Papa tem realizado, muito usuário de avental fora cozinha deve andar a assoar a ranhoca ao miserável trapo!