Adolfo Simões Müller nasceu em Lisboa, em 1909. Foi jornalista, poeta, escritor e produtor de rádio. Escreveu muitos livros infantis e juvenis, romanceando a vida de pessoas famosas e adaptando grandes obras literárias para os leitores jovens. Em 1982, recebeu o Grande Prémio da Literatura Infantil da Fundação Calouste Gulbenkian pelo conjunto da sua obra.
No Parque Infantil do Alvito, há um Centro Cultural Infantil com o seu nome:
É este o edifício. Uma arquitectura simples, limpa, grandes janelas, muita luz:
Está fechado. Estantes vazias, sem os livros daquele que lhe dá o nome. Nem os dele nem os de seja quem for.
O tecto está esburacado, as iluminações destruídas. No chão, os destroços:
Mas a Câmara Municipal de Lisboa, que teve a boa ideia de homenagear Adolfo Simões Müller, já encontrou uma solução:
Esta coisa de dar o nome de pessoas insignes a edifícios, parques, viadutos, rotundas e mais não sei o quê sugere sempre uma questão: o que pensaria Adolfo Simões Müller dos medíocres que o fingem homenagear mas que agora desrespeitam, por omissão, a sua memória?
7 comentários:
Um lindo edifício que merecia respeito e cuidados....
....e homenagens!? Ao Japão com as árvores mortas em Belém, Pavilhão Carlos Lopes, etc.
Mas é que perdemos mesmo a dignidade!? Bolas.........
Quem dá e vai tirar...
Realmente dá que pensar...para quê investir e depois deixar chegar as coisas neste estado???
Fui amigo de Adolfo Simões Müller. Que indignidade! Não há direito.
É mais um exemplo de uma má gestão de um equipamento púlblico...
Tenho a certeza que muitos dos milhares de desempregados altamente qualificados que temos no nosso país, gostariam, de bom grado de trabalhar ali.
E, as crianças de Lisboa, ficariam seguramente mais ricas por usufruirem deste espaço :)
É nesta cidade onde vivemos, trabalhamos, pagamos impostos e que é nossa, que os politicos vão substituindo as prioridades em função de interesses pontuais e mais mediaticos.
Se a CML se preocupasse realmente em resolver os problemas de Monsanto isto não acontecia.Mas o que interessa são obras de fachada e festivais.Enfim.
Mais um retrato da irresponsabilidade descarada com que se gasta dinheiro, lembro já ter visto outros casos aqui-e há tantos- de um equipamento feito com todas as pródigas mariquices que nos caracterizam, abandonado logo depois de estrear (repare-se que as mesas parecem nem ter sido estreadas -têm as protecções). Um arquitecto foi pago, um designer trabalhou as letrinhas metálicas cortadas a laser, tudo isto foi trabalho feito e presumo pago e logo abandonado sem qualquer intenção de posteridade: como nem o mais miseravel habitante de bairro subsidiado tem lata de fazer. O dinheiro que aqui sobrou faltou para actividades necessárias como, por exemplo manutenção de jardins ou tapar buracos nas estradas, e mesmo assim para nada. Nada contra o homenageado, tudo contra a gestão imoral e mentalidade de miseráveis.
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