quinta-feira, 11 de março de 2010

Podiam, ao menos, acertar uma vez?


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Espanhóis na Páscoa sem Terreiro do Paço
Obras na praça só concluídas para visita de Papa

As obras no Terreiro do Paço, em Lisboa, não estarão concluídas a tempo da Semana Santa e de receber os milhares de turistas que por essa altura invadem a capital . A verdade é que somente o passeio a nascente praça poderá ser posto a descoberto na Páscoa.
O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, em vésperas das eleições autárquicas, com base nos prazos até então cumpridos, bem formulou o desejo que as obras na sala de visitas da capital estivessem prontas a tempo da Semana Santa, com um grande objectivo, que não passava por razões religiosas: "os turistas espanhóis, que enchem os hotéis, restaurantes e cafés".
Mas, apenas o passeio a nascente do Terreiro do Paço, do lado do Ministério das Finanças, poderá ser usado na Páscoa, tendo em conta o ligeiro atraso que se verifica no projecto da empresa Frente Tejo, concebido pelo arquitecto Bruno Soares e orçado em 9,5 milhões de euros.
Segundo António Costa, o passeio a poente e o respectivo torreão estarão a partir de hoje abertos, no mesmo dia em que arranca no Páteo da Galé mais uma edição da Moda Lisboa, que regressa este ano à capital.
"A placa central do Terreiro do Paço, tendo em conta as últimas indicações, poderá estar concluída no início de Maio", adiantou, ontem, o autarca, após a reunião do executivo da Câmara de Lisboa, salientando que a praça poderá, assim, receber a infra-estrutura amovível, com o respectivo palco, que se destina a acolher o Papa Bento XVI, na sua visita a Portugal.
"A zona norte [em frente ao Arco da Rua Augusta] e as fachadas só serão concluídas muito depois", esclareceu Costa, quanto ao plano que prevê, além da adaptação dos pisos térreos a nova funcionalidades, a recuperação dos edifícios monumentais e um novo sistema de iluminação, tanto pública como monumental.
Prevê-se que até 2012 estejam finalizadas tanto estas últimas obras, como a antiga doca seca de construção naval do Arsenal da Marinha e a colocação a descoberto do espelho de água da Doca da Caldeirinha. No final espera-se uma ampla zona verde entre a praça e o Cais do Sodré.
(in «Jornal de Notícias»).

1 comentário:

Gastão de Brito e Silva disse...

Com certeza que a preocupação é o Papa e os turistas espanhóis...e os cidadãos de Lisboa??? Os eleitores que votam e pagam impostos??? Os utentes diários dos transportes???