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Benfica pede obras para salvar vilas antigas
Dois edifícios apalaçados parecem estar abandonados à espera de demolição, mas ainda têm três inquilinos
A população de Benfica, em Lisboa, está unida numa petição que luta pela preservação de duas vilas centenárias existentes no número 674 da Estrada de Benfica e que, apesar de ainda serem habitadas por inquilinos, apresentam um avançado estado de degradação. Técnicos da Câmara de Lisboa até já fizeram uma vistoria aos dois imóveis e aconselharam os seus proprietários a realizarem obras de reabilitação. Mas nada foi feito.
Receando que estes edifícios acabem por ser demolidos, moradores decidiram criar o Movimento de Cidadãos pela Preservação da Vila Ana e da Vila Ventura. Os dois imóveis "são representativos das chamadas Casas do Brasileiro e são um dos últimos testemunhos históricos e arquitectónicos das casas apalaçadas e quintas através das quais a freguesia de Benfica era conhecida no século XIX", revelou Alexandra Carvalho, daquele movimento.
Lembrou que ali "viveram pessoas ilustres, como António Spínola, o escritor Luiz Pacheco e um dos priores de Benfica, o padre Francisco Xavier da Silva".
Segundo explicou ao DN, "a Vila Ana tem projecto de 1890 e a Vila Ventura é de 1910. Estão salvaguardadas por estarem incluídas no Inventário Municipal do Património (IMP), só podendo ser demolidas se correrem o risco de ruir. Ainda não estão, mas se continuarem sem receber obras, poderão chegar a essa situação".
"O problema foi apresentado à Câmara de Lisboa, que, em Março de 2009, vistoriou as vilas e informou a empresa proprietária - Ormandy Portuguesa - que iria intimá-la para fazer obras", contou.
Adiantou que, "depois, a empresa entregou, na Divisão de Projecto do Departamento de Conservação de Edifícios Particulares da câmara, relatórios, referindo que "nada justifica a inserção daquele conjunto no Inventário Municipal de Património, pelo que se justifica plenamente a sua demolição".
O movimento de cidadãos "pretende que as duas vilas se mantenham no IMP e recebam obras de recuperação. É um património histórico e cultural de Benfica, que não se pode perder. Os únicos vestígios antigos que ainda restam são as casas pequeninas da Rua Ernesto da Silva, que estão a ser recuperadas", frisou Alexandra Carvalho. Adiantou que "os moradores e comerciantes de Benfica querem que as vilas se mantenham e muitos têm assinado a petição".
Junto de fonte da Câmara de Lisboa, o DN soube que o processo encontra-se na Estrutura Consultiva do PDM, que vai deci- dir manter ou não as vilas no IMP.
O DN contactou a empresa Ormandy Portuguesa para algum responsável se pronunciar sobre a questão, mas quem atendeu o telefonema referiu não ser possível, "porque estão ausentes no estrangeiro e só voltam para a semana".
Nas duas vilas, que muita gente pensa estarem abandonadas devido ao aspecto degradado, ainda vivem três inquilinos.
(in Diário de Notícias).
Benfica pede obras para salvar vilas antigas
Dois edifícios apalaçados parecem estar abandonados à espera de demolição, mas ainda têm três inquilinos
A população de Benfica, em Lisboa, está unida numa petição que luta pela preservação de duas vilas centenárias existentes no número 674 da Estrada de Benfica e que, apesar de ainda serem habitadas por inquilinos, apresentam um avançado estado de degradação. Técnicos da Câmara de Lisboa até já fizeram uma vistoria aos dois imóveis e aconselharam os seus proprietários a realizarem obras de reabilitação. Mas nada foi feito.
Receando que estes edifícios acabem por ser demolidos, moradores decidiram criar o Movimento de Cidadãos pela Preservação da Vila Ana e da Vila Ventura. Os dois imóveis "são representativos das chamadas Casas do Brasileiro e são um dos últimos testemunhos históricos e arquitectónicos das casas apalaçadas e quintas através das quais a freguesia de Benfica era conhecida no século XIX", revelou Alexandra Carvalho, daquele movimento.
Lembrou que ali "viveram pessoas ilustres, como António Spínola, o escritor Luiz Pacheco e um dos priores de Benfica, o padre Francisco Xavier da Silva".
Segundo explicou ao DN, "a Vila Ana tem projecto de 1890 e a Vila Ventura é de 1910. Estão salvaguardadas por estarem incluídas no Inventário Municipal do Património (IMP), só podendo ser demolidas se correrem o risco de ruir. Ainda não estão, mas se continuarem sem receber obras, poderão chegar a essa situação".
"O problema foi apresentado à Câmara de Lisboa, que, em Março de 2009, vistoriou as vilas e informou a empresa proprietária - Ormandy Portuguesa - que iria intimá-la para fazer obras", contou.
Adiantou que, "depois, a empresa entregou, na Divisão de Projecto do Departamento de Conservação de Edifícios Particulares da câmara, relatórios, referindo que "nada justifica a inserção daquele conjunto no Inventário Municipal de Património, pelo que se justifica plenamente a sua demolição".
O movimento de cidadãos "pretende que as duas vilas se mantenham no IMP e recebam obras de recuperação. É um património histórico e cultural de Benfica, que não se pode perder. Os únicos vestígios antigos que ainda restam são as casas pequeninas da Rua Ernesto da Silva, que estão a ser recuperadas", frisou Alexandra Carvalho. Adiantou que "os moradores e comerciantes de Benfica querem que as vilas se mantenham e muitos têm assinado a petição".
Junto de fonte da Câmara de Lisboa, o DN soube que o processo encontra-se na Estrutura Consultiva do PDM, que vai deci- dir manter ou não as vilas no IMP.
O DN contactou a empresa Ormandy Portuguesa para algum responsável se pronunciar sobre a questão, mas quem atendeu o telefonema referiu não ser possível, "porque estão ausentes no estrangeiro e só voltam para a semana".
Nas duas vilas, que muita gente pensa estarem abandonadas devido ao aspecto degradado, ainda vivem três inquilinos.
(in Diário de Notícias).
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