domingo, 7 de março de 2010

As mulheres do meu país.



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DIA INTERNACIONAL DA MULHER
8 de Março

Celebra-se este ano o Centenário do Dia Internacional da Mulher. A criação de um dia das mulheres que fosse celebrado em todo o mundo foi proposto pela primeira vez por Clara Zetkin, em 1910. Esta decisão, tomada na Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, foi inspirada nas manifestações e greves das operárias que tiveram lugar nos Estados Unidos da América em 1908 e 1909.

Clara Zetkin (1857-1933) foi, com Friedrich Engels (1820-1895) e August Bebel (1840-1913), a principal teórica da «questão das mulheres» no movimento operário revolucionário alemão e internacional. Clara Zetkin lutou ao longo da vida pelo sufrágio universal, pelo direito ao divórcio e pela igualdade de oportunidades, quer no Partido Social Democrata alemão, quer no comunista. Foi presidente do parlamento alemão (a primeira presidente mulher dum Parlamento) em 1932, tendo combatido o nazismo antes de ser obrigada a fugir. Zetkin lutou pela paz mesmo durante a primeira guerra mundial quando a maioria dos partidos alemães fez uma trégua na luta interna em nome da "unidade" (organizou por exemplo uma Conferência de Paz em Berlim em 1915).

1909 – O primeiro dia nacional da Mulher foi celebrado nos Estados Unidos da América a 28 de Fevereiro.
1910 – Na Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, Clara Zetkin propõe a realização de um Dia Internacional da Mulher.
1975 – A Organização das Nações Unidas [ONU] começa a celebrar o Ano Internacional da Mulher. Neste ano realiza-se a 1ª Conferência mundial sobre as Mulheres [México]) e inicia-se a década da ONU sobre as mulheres [1975-1985].

Em Portugal, a primeira comemoração de que existe notícia, remonta a 1953. Apesar da proibição da ditadura, algumas dezenas de mulheres reuniram-se em Lisboa, para comemorar o Dia Internacional da Mulher. A primeira comemoração do 8 de Março em liberdade foi realizada em 1975

A Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República vai celebrar o Centenário do Dia Internacional da Mulher com um conjunto de espectáculos, tertúlias e conferências em diversos pontos do país.

PROGRAMA

9h30, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, Auditório 3
Sessão comemorativo do Dia Internacional das Mulheres
Uma iniciativa da Comissão para a Cidadania e a Igualdade do Género com o apoio da CNCCR

13h00, Lisboa, Praça do Município
Solos com Convicção – Veleda
- Joana von Mayer Trindade, Hugo Calhim Cristovão, Paula Cepeda Rodrigues, Valquiria Valhalladur

13h30, Lisboa, Largo Camões
Solos com Convicção – Para onde vamos?
- Filipa Francisco, antoniopedro

13h30, Lisboa, Rossio / Rua 1.º de Dezembro
Solos com Convicção – 23 +1
- Cláudia Dias, Rita Natálio, Mónia Mota, António Coelho, Sandra Ramos, textos a partir de textos de Maria Veleda

14h00, Lisboa, Largo do Carmo
Solos com Convicção – Sós (Uma Homenagem)
- Sofia Fitas, Sébastien Jacobs

14h30, Lisboa, Largo de São Domingos
Solos com Convicção – Morro onde me prendo
- Susana Gaspar, Vítor Rua, Ainhoa Vidal
Uma iniciativa da CNCCR com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa

18h30, Porto, Café Ancora D’ouro
Ciclo de Tertúlias A República; O conceito de Liberdade e os dos Direitos das Pessoas e das Minorias
As Ideias Republicanas e o seu impacto nos direitos das Mulheres
- Beatriz Pacheco Pereira e de Mariana Rocha
Uma iniciativa da Provedoria para os Cidadãos com Deficiência da Câmara Municipal do Porto, da Reitoria da Universidade do Porto com o apoio da CNCCR

19h30, Lisboa, Cantina Militar (Rua de S. José, 24)
Conferência: As mulheres e a instauração da República
- Ana Vicente
- Alfredo Caldeira
Uma iniciativa da Associação Portuguesa de Mulheres Juristas com o apoio da CNCCR

21h00, Montijo, Assembleia Municipal – Galeria Municipal
Conferência: As Mulheres e a República
- Manuela Tavares (União de Mulheres Alternativa e Resposta), Maria Alice Samara (Escola Superior de Educação de Setúbal), João Esteves (Centro de Estudos sobre a Mulher)
Uma iniciativa da Câmara Municipal do Montijo com o apoio da CNCCR.

2 comentários:

Gastão de Brito e Silva disse...

Pessoalmente acho que a comemoração de um dia mundial, deve ser devotado a uma causa que geralmente é cultural, social, filantrópica ou defesa de uma "voz oprimida"...

Não obstando o papel que as mulheres tiveram e têm na sociedade e/ou tudo o que elas representam, a comemoração mundial do dia da mulher, nos tempos que correm acaba por ser de um carácter redutor para a mais bela criação da natureza...

Estão longe de ser coitadas como os doentes de cancro, sida ou qualquer outra maleita contemplada pelo calendário da ONU.

Não são oprimidas nem estão à beira da extinção, (pelo menos estão tanto como os homens para quem não há dias mundiais), como os índios ou espécies animais da Amazónia, não são também propriamente uma manifestação cultural como a música, teatro, cinema, fotografia, arquitectura...

Como tal ao atribuir-lhes um dia mundial, estão por inerência a considerá-las como umas coitadas da sociedade e "seres de importância menor" que precisam de atenção e comiseração dos machistas dominantes...!!!

Ou seja: as mulheres são as jóias da coroa da criação, têm um papel reconhecido em toda a sociedade e são fundamentais para o bom funcionamento hormonal da sociedade....não precisam de dia mundial, pois são mulheres todo o ano...

Marota disse...

O dia mundial da mulher parece-me ter a mesma função que o dia de S. Valentim. Neste dia vendem-se e compram-se muitos flores e outros presentes. São dias óptimos para o negócio. Cumps Isabel