She is a Femme Fatale.

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Pilar Albarracín (1968-)
Torera, 2009
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Mostra de trabalhos de: Louise Bourgeois, Cindy Sherman, Hannah Villiger, Helena Almeida, Ana Mendieta, Aino Kannisto, Francesca Woodman, Adriana Varejão, Rosângela Rennó, Margarida Correia, Shirin Neshat, Paula Rego, Pilar Albarracín, Guerrilla Girls e Vera Mantero...
Exposição patente no Museu Berardo.

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Endereço: Praça do Império, 1449-003 LISBOA
Concelho: Lisboa
Distrito: Lisboa
Telefone: 213612913
URL: http://www.berardocollection.com/

De: 07-01-2010 a 31-01-2010
Horários: Todos os dias

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Cindy Sherman

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(?), Susanne Themlitz
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Shirin Neshat (1957-)
Malik (Zarin Series), 2005
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Shirin Neshat (1957-)

Malik (Zarin Series), 2005

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Vera Mantero
Curso de silêncio, versão de Vera Mantero em co-realização com Miguel Gonçalves Mendes
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Aino Kannisto (1973-)
Untitled (Two Mirrors), 2006
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Jenina Stehli (1961-)
Photo Performance n.º 23, with Larry Bell sculpture and artist Lewis Amar, 2005
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Jenina Stehli (1961-)
Photo Performance n.º 31, with Larry Bell sculpture and artist Lewis Amar, 2005
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Vera Mantero
Solo “Olympia”
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(?), Pillar Albarracín

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O poder feminino na arte está muito bem representado nesta mostra que transporta o espectador a uma visita pelo panorama da arte criada por artistas mulheres desde o início do século XX. Todas elas têm o dom de arrepiar com o seu trabalho, numa prova de como a colecção Berardo continua a surpreender.
O título parte de uma expressão retirada da canção “Femme Fatale”, do álbum de estreia dos The Velvet Underground, The Velvet Underground & Nico, de 1967, inspirada por Edie Sedgwick. “She is A Femme Fatale” evoca as transformações operadas em finais dos anos 60 e inícios dos anos 70, em que um grande número de artistas investiga conceitos sedimentados em importantes revoluções sociais, abordando temáticas como a identidade, género, sexualidade ou política.

Alguns trabalhos de Helena Almeida deixam antever o seu processo criativo através do desenho. A estes juntam-se algumas fotografias em que a artista faz magia com as mãos. É genial o trabalho “Estudo para dois Espaços”, em que os seus dedos ganham vida e postura individual. Caminham, nadam e dentro de um aquário assumem uma forma surrealista.

Mas há muito mais. Cindy Sherman surpreende com as suas fotografias de construções grotescas que utilizam códigos da sociedade massificada. Adriana Varejão transforma a pintura num campo de batalha onde o espectador pode, literalmente, visualizar as suas vísceras.

Susanne Themlitz realizou uma instalação site-specific, em que coloca uma cabra a dar as boas vindas aos visitantes que lhe respondem com um “béééé” entre sorrisos. De repente começam a ouvir-se grunhidos ao fundo: serão porcos a ser degolados? Não, trata-se de uma instalação de Pilar Albarracín com panelas de pressão que chiam por todos os lados. Hilariante.

Vera Mantero apresenta um registo vídeo da peça “Olympia” de 1993, a partir da famosa pintura de Manet, e “Curso de Silêncio”, de 2007. O vídeo está inserido dentro de uma moldura, como se de pintura se tratasse. Um filme que estabelece relações entre o corpo e a produção literária de Maria Gabriela Llansol.
São mais de duas dezenas de artistas cujos trabalhos passam por áreas como a pintura, a escultura, a fotografia, o desenho, o filme, o vídeo, e a performance. Todas elas são, segundo os curadores, mulheres fatais. Certo é que arriscam uma linguagem artística capaz de fazer pensar o mais reticente dos espectadores.

Elsa Garcia

quarta-feira, 9 de Dezembro de 2009 in Time Out