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Intendente quer mudar de nome para afastar «má fama» da droga
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Comerciantes e moradores na área do Largo do Intendente Pina Manique, em Lisboa, defendem que esta zona "deve mudar de nome, porque toda a gente tem medo disto por causa da droga e dos roubos". Até já chegaram a fazer essa proposta ao presidente da Junta de Freguesia dos Anjos, João Grave, que confirma ao DN este problema da "má fama" local, mas discorda que se vá mudar o nome.
O autarca reconhece que "o Largo do Intendente está muito estigmatizado. É considerada uma zona negra de Lisboa, conotada com prostituição, tráfico de droga, toxicodependentes e roubos".
Segundo referiu, "já há muitos moradores que têm proposto à junta de freguesia para mudar o nome do largo, deixando de se chamar Intendente. Também querem que a estação do metro deixe de se chamar Intendente e passe a ter outra denominação".
"Há comerciantes que dizem aos clientes para saírem na estação do metro dos Anjos e depois descerem um pouco a Avenida Almirante Reis. Receiam que, se disserem que a loja se situa perto do Intendente, as pessoas fiquem com medo e já não vão lá. Queixam-se que, só pelo nome da zona, arriscam-se a perder clientes", revela João Grave.
Apesar de tudo isso, "eu não concordo com a mudança do nome, porque acho que tem de se manter o respeito pelo intendente Pina Manique, que era o chefe da polícia. Até se torna irónico, tendo em conta a realidade actual naquele largo", frisa o autarca.
Recorda que "a intervenção no Casal Ventoso e no Bairro da Curraleira afastou desses locais o tráfico e consumo de droga, que se transferiram para o Intendente, onde antes só havia prostituição".
"No Regueirão dos Anjos é onde estão os toxicodependentes de fim de linha, que ali passam os seus dias. Dormem nas traseiras da Igreja dos Anjos. Estão ali em condições chocantes. São toxicodependentes já muito degradados. É uma miséria humana", sublinha João Grave.
"A população residente é muito idosa", refere o autarca, notando que "muitas pessoas vivem sozinhas e com medo de tudo. Há senhoras que não saem de casa depois das 17.00, porque têm medo dos toxicodependentes que se instalam ao fundo das escadas, à entrada do prédio, e ali se injectam. Receiam que eles as piquem com as seringas e as assaltem".
O autarca relatou ao DN que uma residente idosa se queixou que "os seus netos já não a iam visitar. Os pais das crianças não as deixam ir a casa da avó, porque o chão da entrada do prédio e a porta estão sempre cheios de sangue, porque os toxicodependentes vão para ali injectar-se".
De acordo com João Grave, "o centro do problema está no Largo do Intendente e alastra-se à área envolvente do Regueirão dos Anjos, o Martim Moniz e o jardim dos Anjos. Segundo explicou, "há roubos por esticão e com arma branca em toda a zona da Avenida Almirante Reis e vai-se alargando cada vez mais, desde a Praça do Chile até ao Martim Moniz".
Revela que "no Largo do Intendente está a aumentar um novo fenómeno, que começou há cerca de dois anos: o jogo ilícito na rua".
"Até temos um fluxo razoável de turistas na zona, onde há três grandes hotéis. Depois vemos os turistas a olhar por cima do ombro, desconfiados com o que se passa por ali", lamenta o autarca.
O autarca reconhece que "o Largo do Intendente está muito estigmatizado. É considerada uma zona negra de Lisboa, conotada com prostituição, tráfico de droga, toxicodependentes e roubos".
Segundo referiu, "já há muitos moradores que têm proposto à junta de freguesia para mudar o nome do largo, deixando de se chamar Intendente. Também querem que a estação do metro deixe de se chamar Intendente e passe a ter outra denominação".
"Há comerciantes que dizem aos clientes para saírem na estação do metro dos Anjos e depois descerem um pouco a Avenida Almirante Reis. Receiam que, se disserem que a loja se situa perto do Intendente, as pessoas fiquem com medo e já não vão lá. Queixam-se que, só pelo nome da zona, arriscam-se a perder clientes", revela João Grave.
Apesar de tudo isso, "eu não concordo com a mudança do nome, porque acho que tem de se manter o respeito pelo intendente Pina Manique, que era o chefe da polícia. Até se torna irónico, tendo em conta a realidade actual naquele largo", frisa o autarca.
Recorda que "a intervenção no Casal Ventoso e no Bairro da Curraleira afastou desses locais o tráfico e consumo de droga, que se transferiram para o Intendente, onde antes só havia prostituição".
"No Regueirão dos Anjos é onde estão os toxicodependentes de fim de linha, que ali passam os seus dias. Dormem nas traseiras da Igreja dos Anjos. Estão ali em condições chocantes. São toxicodependentes já muito degradados. É uma miséria humana", sublinha João Grave.
"A população residente é muito idosa", refere o autarca, notando que "muitas pessoas vivem sozinhas e com medo de tudo. Há senhoras que não saem de casa depois das 17.00, porque têm medo dos toxicodependentes que se instalam ao fundo das escadas, à entrada do prédio, e ali se injectam. Receiam que eles as piquem com as seringas e as assaltem".
O autarca relatou ao DN que uma residente idosa se queixou que "os seus netos já não a iam visitar. Os pais das crianças não as deixam ir a casa da avó, porque o chão da entrada do prédio e a porta estão sempre cheios de sangue, porque os toxicodependentes vão para ali injectar-se".
De acordo com João Grave, "o centro do problema está no Largo do Intendente e alastra-se à área envolvente do Regueirão dos Anjos, o Martim Moniz e o jardim dos Anjos. Segundo explicou, "há roubos por esticão e com arma branca em toda a zona da Avenida Almirante Reis e vai-se alargando cada vez mais, desde a Praça do Chile até ao Martim Moniz".
Revela que "no Largo do Intendente está a aumentar um novo fenómeno, que começou há cerca de dois anos: o jogo ilícito na rua".
"Até temos um fluxo razoável de turistas na zona, onde há três grandes hotéis. Depois vemos os turistas a olhar por cima do ombro, desconfiados com o que se passa por ali", lamenta o autarca.
(in «Diário de Notícias»).
1 comentário:
Custa-me a acreditar que seja assim tão difícil resolver este problema...drogas pesadas, assaltos, prostituição...porque é que a policia não intervém com regularidade??? porque é não fazem rusgas??? Porque é que não existe uma esquadra no local??? Porque é que a CML não arranja um abrigo para os indigentes??? Porque é que deixaram degradar este bairro desta maneira??? É um problema que persegue desde à muitos anos esta zona da cidade e parece que ninguém o quer ver ou lidar...
Porra ajam de uma vez e acabem com esta palhaçada e sofrimento!!!!!
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