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EPAL criticada por subir o preço da água na região
Câmaras defendem manutenção de preços, rejeitando a subida de 0,5%
Os municípios abastecidos pela EPAL, em especial os que se situam em redor de Lisboa, criticam a subida de 0,5% do preço da água proposto pela empresa e dizem que, como a inflação foi negativa, os preços deveriam manter-se. Mas a subida é praticamente certa.
"Temos conseguido, nos últimos seis anos, que os aumentos sejam abaixo da inflação. Como, em 2009, a inflação foi negativa, a nossa proposta é que não haja aumentos", explicou ao JN Carlos Teixeira, presidente da Associação de Municípios para Estudos e Gestão da Água (AMEGA) e, simultaneamente, presidente da Câmara de Loures, concelho abrangido pela subida.
A AMEGA representa vários concelhos limítrofes de Lisboa abastecidos pela EPAL (Empresa Portuguesa de Águas Livres), que, em Lisboa, é, ao mesmo tempo, fornecedora e distribuidora. A discrepância entre os preços praticados na capital e nos outros concelhos está a agudizar a discórdia.
Lisboa tem um preço à parte
"Em Lisboa, a água é vendida ao consumidor a 16 cêntimos o metro cúbico, no primeiro escalão. Loures, Cascais, Oeiras, Odivelas, Vila Franca de Xira, Amadora, Sintra pagam 47 cêntimos. Depois, há que a transportar, distribuir, analisar e voltar a vender. Tem de haver justiça social", defende Carlos Teixeira, acusando a EPAL de discriminar os concelhos próximos da capital, onde vivem dois milhões de pessoas.
O presidente da AMEGA lembra que "a EDP vende por igual para todo o país", ao contrário da política seguida pela EPAL, que pratica preços diferentes.
"Não devemos ser nós a subsidiar as obras da EPAL", afirma Carlos Teixeira, admitindo que a Direcção-Geral das Actividades Económicas aprove o aumento proposto pela EPAL, "uma vez que o tem feito sempre, apesar de ouvir as queixas dos municípios e de lhes dar razão".
Instada a comentar as críticas, fonte oficial da EPAL começa por argumentar que o processo de revisão tarifária carece ainda de aprovação. Sublinha também que, nos últimos anos, tem havido uma aproximação de preços entre Lisboa e os restantes concelhos abastecidos pela empresa de águas. Daí que a subida proposta para os clientes da cidade seja de 1,89%.
A mesma fonte esclarece que o preço do metro cúbico dos consumidores lisboetas sai, na realidade, a mais de um euro, e não a 16 cêntimos, como refere a AMEGA. "O preço de venda aos consumidores de Lisboa tem duas componentes. Uma delas é variável, que são os 16 cêntimos. A outra é a quota do serviço, que é fixa. Tudo somado, dá um preço médio superior a um euro", salienta.
A EPAL realça o facto de ter feito investimentos avultados para os seus clientes municipais desde o início deste século, totalizando 255 milhões de euros. Dá como exemplo, o adutor de Circunvalação e a Estação de Tratamento de Água da Asseiceira.
A aproximação de preços entre Lisboa e os restantes concelhos servidos pela EPAL não convence, de todo, a AMEGA. "A este ritmo, e com valores tão díspares de 16 cêntimos e 47 cêntimos, vai demorar uns 300 ou 400 anos", afirma Carlos Teixeira, em tom de ironia.
(in «Jornal de Notícias»).
Câmaras defendem manutenção de preços, rejeitando a subida de 0,5%
Os municípios abastecidos pela EPAL, em especial os que se situam em redor de Lisboa, criticam a subida de 0,5% do preço da água proposto pela empresa e dizem que, como a inflação foi negativa, os preços deveriam manter-se. Mas a subida é praticamente certa.
"Temos conseguido, nos últimos seis anos, que os aumentos sejam abaixo da inflação. Como, em 2009, a inflação foi negativa, a nossa proposta é que não haja aumentos", explicou ao JN Carlos Teixeira, presidente da Associação de Municípios para Estudos e Gestão da Água (AMEGA) e, simultaneamente, presidente da Câmara de Loures, concelho abrangido pela subida.
A AMEGA representa vários concelhos limítrofes de Lisboa abastecidos pela EPAL (Empresa Portuguesa de Águas Livres), que, em Lisboa, é, ao mesmo tempo, fornecedora e distribuidora. A discrepância entre os preços praticados na capital e nos outros concelhos está a agudizar a discórdia.
Lisboa tem um preço à parte
"Em Lisboa, a água é vendida ao consumidor a 16 cêntimos o metro cúbico, no primeiro escalão. Loures, Cascais, Oeiras, Odivelas, Vila Franca de Xira, Amadora, Sintra pagam 47 cêntimos. Depois, há que a transportar, distribuir, analisar e voltar a vender. Tem de haver justiça social", defende Carlos Teixeira, acusando a EPAL de discriminar os concelhos próximos da capital, onde vivem dois milhões de pessoas.
O presidente da AMEGA lembra que "a EDP vende por igual para todo o país", ao contrário da política seguida pela EPAL, que pratica preços diferentes.
"Não devemos ser nós a subsidiar as obras da EPAL", afirma Carlos Teixeira, admitindo que a Direcção-Geral das Actividades Económicas aprove o aumento proposto pela EPAL, "uma vez que o tem feito sempre, apesar de ouvir as queixas dos municípios e de lhes dar razão".
Instada a comentar as críticas, fonte oficial da EPAL começa por argumentar que o processo de revisão tarifária carece ainda de aprovação. Sublinha também que, nos últimos anos, tem havido uma aproximação de preços entre Lisboa e os restantes concelhos abastecidos pela empresa de águas. Daí que a subida proposta para os clientes da cidade seja de 1,89%.
A mesma fonte esclarece que o preço do metro cúbico dos consumidores lisboetas sai, na realidade, a mais de um euro, e não a 16 cêntimos, como refere a AMEGA. "O preço de venda aos consumidores de Lisboa tem duas componentes. Uma delas é variável, que são os 16 cêntimos. A outra é a quota do serviço, que é fixa. Tudo somado, dá um preço médio superior a um euro", salienta.
A EPAL realça o facto de ter feito investimentos avultados para os seus clientes municipais desde o início deste século, totalizando 255 milhões de euros. Dá como exemplo, o adutor de Circunvalação e a Estação de Tratamento de Água da Asseiceira.
A aproximação de preços entre Lisboa e os restantes concelhos servidos pela EPAL não convence, de todo, a AMEGA. "A este ritmo, e com valores tão díspares de 16 cêntimos e 47 cêntimos, vai demorar uns 300 ou 400 anos", afirma Carlos Teixeira, em tom de ironia.
(in «Jornal de Notícias»).
1 comentário:
obrigado pelas palavras acerca do meu blog, o "funcionamento...". ESta foto também a tirei junto a minha casa, num dia em que se desperdiçava água, como se pode ver no texto. Parabéns por este interessante blog também
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