."E chegado o Natal então é que valia mesmo a pena subir ao primeiro andar: Calcule o leitor que ao visitannte logo que chegasse lá acima, deparava-se-lhe uma exposição de doces, de grandes construções de açucar e amêndoa, de espantosos bolos de ovos dentre os quais se destacava uma infinidade de estonteantes e bojudas lampreias, de prodigiosas fantasias enconfeitadas e de tudo quanto mais delicado e original a arte de doces podia então produzir (...) E a exposição, diariamente renovada, durava até ao fim das festas, ou seja até ao dia de Reis, dia em que esta confeitaria fazia um negócio de mão cheia. É que ela fora a primeira em que o afamado Bolo Rei se vendeu em Lisboa, bolo sempre ali feito- até hoje - por uma receita que Baltazar Castanheiro Junior trouxera de Paris.". (Luís Pastor de Macedo, Lisboa de Lés a Lés, 1940-41)
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