.
Corte na CREL lançou o caos nos acessos à capital
Milhares de pessoas chegaram atrasadas ao emprego e o "inferno" está para durar
Obras de remoção não devem terminar tão cedo
O corte da CREL entre o nó de acesso à A16 e o nó de Belas, em Sintra, provocou uma manhã de caos nos acessos a Lisboa. E há más notícias para os condutores: as obras de remoção das terras, depois da derrocada de sexta-feira, não devem terminar tão cedo.
Muitos carros, alguma desorientação e pouca paciência para percorrer, em largos minutos de pára-arranca, um caminho que costuma ser bem mais rápido e simples - este foi o cenário da manhã de ontem em vários acessos à capital.
Apesar das muitas placas amarelas a sinalizar os desvios, o fecho da Cintura Regional Exterior de Lisboa (CREL) trocou as voltas aos automobilistas que, diariamente, usam aquela via para se deslocar para o local de trabalho. Carlos Gomes, por exemplo, preparava-se para conhecer, de forma forçada, novos caminhos para o emprego. "Quando fui viver para Odivelas, a CREL já existia e nunca usei esta estrada", dizia o advogado, referindo-se à via que liga Belas à recente A16.
Pouca paciência, muitas buzinas
O condutor já não podia olhar para o relógio. "Já devia estar no escritório há um quarto de hora e ainda nem a meio do caminho vou", queixou-se. Só na subida do IC16, entre a CRIL e a CREL, Carlos Gomes perdeu quase 15 minutos. Ele e as centenas de condutores que se perfilavam na faixa da direita daquela via, obrigados a sair no nó de Belas.
Ali, como no restante percurso de acesso a Lisboa e à linha de Cascais, rostos impacientes, buzinadelas e condutores a pedir indicações uns aos outros eram uma constante.
António Valdez estava arrependido de não ter saído de casa mais cedo e, sobretudo, de não ter escolhido outro itinerário. Vindo de Vila Franca de Xira, percebeu demasiado tarde que "mais valia ter ido pela Segunda Circular". "Se isto continua a este ritmo, demoro duas ou três vezes mais tempo do que o costume", disse.
O corte da CREL obrigou os cerca de 40 mil automobilistas que diariamente utilizavam esta via para se deslocar de um ponto dos subúrbios da capital para outro a atravessar a cidade para chegar ao seu destino. A afluência extra de carros acabou por sobrecarregar vias já de si muito movimentadas como o Eixo Norte-Sul e a Segunda Circular, onde se verificaram intensos engarrafamentos.
Também estradas alternativas de acesso à cidade, como a A8, a Calçada de Carriche e o IC19 registaram congestionamentos maiores do que o habitual.
E os condutores que se preparem, porque o "inferno" promete continuar: a Brisa, empresa concessionária da CREL admite que a via possa continuar cortada entre o nó de ligação à A16 e o nó de Belas durante as próximas semanas. Ao quilómetro nove da via, na zona onde, na sexta-feira, aconteceu a derrocada, as retroescavadoras continuam a retirar as toneladas de terras, pedras, árvores e postes que obstruem, por completo, as seis faixas de rodagem.
O objectivo, segundo a Brisa, é controlar o avanço de terras, havendo, neste momento, "uma preocupação acrescida" com o Aqueduto das Águas Livres.
"A Brisa continua a avaliar, dentro do que é possível observar e medir, a evolução deste deslizamento, estando ainda longe de poder estimar quando poderão começar os trabalhos de desobstrução da auto-estrada", adianta a empresa, em comunicado.
Milhares de pessoas chegaram atrasadas ao emprego e o "inferno" está para durar
Obras de remoção não devem terminar tão cedo
O corte da CREL entre o nó de acesso à A16 e o nó de Belas, em Sintra, provocou uma manhã de caos nos acessos a Lisboa. E há más notícias para os condutores: as obras de remoção das terras, depois da derrocada de sexta-feira, não devem terminar tão cedo.
Muitos carros, alguma desorientação e pouca paciência para percorrer, em largos minutos de pára-arranca, um caminho que costuma ser bem mais rápido e simples - este foi o cenário da manhã de ontem em vários acessos à capital.
Apesar das muitas placas amarelas a sinalizar os desvios, o fecho da Cintura Regional Exterior de Lisboa (CREL) trocou as voltas aos automobilistas que, diariamente, usam aquela via para se deslocar para o local de trabalho. Carlos Gomes, por exemplo, preparava-se para conhecer, de forma forçada, novos caminhos para o emprego. "Quando fui viver para Odivelas, a CREL já existia e nunca usei esta estrada", dizia o advogado, referindo-se à via que liga Belas à recente A16.
Pouca paciência, muitas buzinas
O condutor já não podia olhar para o relógio. "Já devia estar no escritório há um quarto de hora e ainda nem a meio do caminho vou", queixou-se. Só na subida do IC16, entre a CRIL e a CREL, Carlos Gomes perdeu quase 15 minutos. Ele e as centenas de condutores que se perfilavam na faixa da direita daquela via, obrigados a sair no nó de Belas.
Ali, como no restante percurso de acesso a Lisboa e à linha de Cascais, rostos impacientes, buzinadelas e condutores a pedir indicações uns aos outros eram uma constante.
António Valdez estava arrependido de não ter saído de casa mais cedo e, sobretudo, de não ter escolhido outro itinerário. Vindo de Vila Franca de Xira, percebeu demasiado tarde que "mais valia ter ido pela Segunda Circular". "Se isto continua a este ritmo, demoro duas ou três vezes mais tempo do que o costume", disse.
O corte da CREL obrigou os cerca de 40 mil automobilistas que diariamente utilizavam esta via para se deslocar de um ponto dos subúrbios da capital para outro a atravessar a cidade para chegar ao seu destino. A afluência extra de carros acabou por sobrecarregar vias já de si muito movimentadas como o Eixo Norte-Sul e a Segunda Circular, onde se verificaram intensos engarrafamentos.
Também estradas alternativas de acesso à cidade, como a A8, a Calçada de Carriche e o IC19 registaram congestionamentos maiores do que o habitual.
E os condutores que se preparem, porque o "inferno" promete continuar: a Brisa, empresa concessionária da CREL admite que a via possa continuar cortada entre o nó de ligação à A16 e o nó de Belas durante as próximas semanas. Ao quilómetro nove da via, na zona onde, na sexta-feira, aconteceu a derrocada, as retroescavadoras continuam a retirar as toneladas de terras, pedras, árvores e postes que obstruem, por completo, as seis faixas de rodagem.
O objectivo, segundo a Brisa, é controlar o avanço de terras, havendo, neste momento, "uma preocupação acrescida" com o Aqueduto das Águas Livres.
"A Brisa continua a avaliar, dentro do que é possível observar e medir, a evolução deste deslizamento, estando ainda longe de poder estimar quando poderão começar os trabalhos de desobstrução da auto-estrada", adianta a empresa, em comunicado.
(in «Jornal de Notícias»).
1 comentário:
bem bom assim tenho mais trabalho.....afinal isto foi bem a calhar...
Enviar um comentário