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Em Campo de Ourique, a paciência esgota-se com o prolongamento, já vai em quatro anos, das obras no mercado. Em Janeiro recomeçam os trabalhos.
O pavimento já esteve colocado e as bancas pareciam prontas a receber os vendedores agora refugiados em outros espaços, mas depressa se percebeu que o piso não era anti-derrapante e que existiam outros erros. No Mercado de Campo de Ourique, os três meses de obras previstos para a remodelação das bancas de peixe transformaram-se em quatro anos de impaciencia e "muito pó".
Desde 2006, os trabalhos de modernização daquele espaço têm visto avanços e recuos sucessivos que, segundo os vendedores, só podem ser consequência de uma má gestão financeira. "Os sacos azuis não existem só em Felgueiras, aqui também há", disse o vendedor António Tavares.
O fiscal coordenador do Mercado, António Bernardo, referiu ao DN que "falar sobre este assunto não faz sentido, numa altura em que apenas falta menos de um mês para o reinício das obras", já para os comerciantes tudo não passa de mais promessas.
"Agora voltaram a tirar os taipais para parecer que vão começar as obras, mas eu não acredito nisso", disse Patrícia Maurício, vendedora de peixe, adiantando que "em caso de inspecção, a ASAE não iria concordar com aquela vergonha".
Para além das críticas à forma como estão a ser feitas as obras naquele local, os comerciantes de peixe dizem estar a ser ignorados pelo executivo do município.
A Câmara Municipal de Lisboa (CML) já reagiu, em comunicado, garantindo que este atraso se deve unicamente a uma situação de "litígio com o empreiteiro por incumprimento das devidas condições de higienização e segurança". A mesma fonte, refere ainda, que o responsável se recusou a proceder às alterções necessárias, o que obrigou a CML "a recorrer à rescisão do contrato e à contratação dos trabalhos em falta a outra empresa". Confirmando a informação avançada pelo fiscal coordenador do Mercado, o documento indica ainda que já foi providenciado "o processo de adjudicação dos trabalhos de conclusão , cujo início está previsto para o próximo mês de Janeiro".
Algumas comerciantes, que vão ver o espaço da sua banca reduzido com estas obras, dizem não concordar com o aumento da mensalidade. "Não fomos nós que pedimos as obras, mas somos nós que as pagamos. Nós tínhamos todas as condições para trabalhar", disse a peixeira Idília Moreno, adiantando que "se havia partes danificadas, bastava recuperá-las."
A CML salientou que "actualmente os comerciantes de pescado pagam 23,50 euros, por metro linear" e que passarão a "pagar a taxa que vier a ser aprovada para 2010", acrescentando que "a tabela ainda se encontra em revisão".
Mas os vendedores dizem já ter sido informados de que o valor das rendas será bastante superior àquele que é praticado nas bancas velhas, "passando a ser o dobro", dizem todos.
O pavimento já esteve colocado e as bancas pareciam prontas a receber os vendedores agora refugiados em outros espaços, mas depressa se percebeu que o piso não era anti-derrapante e que existiam outros erros. No Mercado de Campo de Ourique, os três meses de obras previstos para a remodelação das bancas de peixe transformaram-se em quatro anos de impaciencia e "muito pó".
Desde 2006, os trabalhos de modernização daquele espaço têm visto avanços e recuos sucessivos que, segundo os vendedores, só podem ser consequência de uma má gestão financeira. "Os sacos azuis não existem só em Felgueiras, aqui também há", disse o vendedor António Tavares.
O fiscal coordenador do Mercado, António Bernardo, referiu ao DN que "falar sobre este assunto não faz sentido, numa altura em que apenas falta menos de um mês para o reinício das obras", já para os comerciantes tudo não passa de mais promessas.
"Agora voltaram a tirar os taipais para parecer que vão começar as obras, mas eu não acredito nisso", disse Patrícia Maurício, vendedora de peixe, adiantando que "em caso de inspecção, a ASAE não iria concordar com aquela vergonha".
Para além das críticas à forma como estão a ser feitas as obras naquele local, os comerciantes de peixe dizem estar a ser ignorados pelo executivo do município.
A Câmara Municipal de Lisboa (CML) já reagiu, em comunicado, garantindo que este atraso se deve unicamente a uma situação de "litígio com o empreiteiro por incumprimento das devidas condições de higienização e segurança". A mesma fonte, refere ainda, que o responsável se recusou a proceder às alterções necessárias, o que obrigou a CML "a recorrer à rescisão do contrato e à contratação dos trabalhos em falta a outra empresa". Confirmando a informação avançada pelo fiscal coordenador do Mercado, o documento indica ainda que já foi providenciado "o processo de adjudicação dos trabalhos de conclusão , cujo início está previsto para o próximo mês de Janeiro".
Algumas comerciantes, que vão ver o espaço da sua banca reduzido com estas obras, dizem não concordar com o aumento da mensalidade. "Não fomos nós que pedimos as obras, mas somos nós que as pagamos. Nós tínhamos todas as condições para trabalhar", disse a peixeira Idília Moreno, adiantando que "se havia partes danificadas, bastava recuperá-las."
A CML salientou que "actualmente os comerciantes de pescado pagam 23,50 euros, por metro linear" e que passarão a "pagar a taxa que vier a ser aprovada para 2010", acrescentando que "a tabela ainda se encontra em revisão".
Mas os vendedores dizem já ter sido informados de que o valor das rendas será bastante superior àquele que é praticado nas bancas velhas, "passando a ser o dobro", dizem todos.
(in «Diário de Notícias»).
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