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Valor das casas é o mais baixo da cidade, devido à degradação e crime. Ninguém quer comprar casa na zona, garantem agentes imobiliários.
Moradores e proprietários de casas na zona do Intendente, em Lisboa, queixam-se da presença de traficantes de droga e de toxicodependentes e dos assaltos ali praticados. Confessam estar fartos de tudo aquilo e querem mudar-se. Mas não podem, porque não conseguem vender os seus apartamentos. Dizem que "ninguém quer comprar casa aqui". Vários agentes imobiliários confirmaram esse facto ao DN, revelando que esta é a zona de Lisboa onde a habitação "é mais barata".
Na Avenida Almirante Reis, defronte do Largo do Intendente, cartazes anunciam quatro apartamentos para venda. Representantes das imobiliárias que os comer- cializam referem ao DN que "é difícil encontrar compradores".
Na Rua Álvaro Coutinho, um segundo andar com seis assoalhadas, que foi todo remodelado há um ano, continua para venda. Parte do apartamento dá para o Regueirão dos Anjos. "A dona do apartamento quer mudar-se, porque não gosta da zona. O preço é de 198 mil euros", informa o vendedor.
Outro agente esclarece que "junto ao Intendente o valor das casas é muito mais baixo do que no resto de Lisboa, devido aos assaltos e tráfico de droga. Em média, é cerca de 1200 euros por metro quadrado. Um T2, com uma área de 80 metros quadrados, ronda os cem mil ou 110 mil euros. Por vezes, as pessoas estão interessadas no preço do apartamento, mas, quando se apercebem do mau ambiente da zona, desistem e já não querem comprar".
"Isso também está a suceder na zona do Campo Mártires da Pátria, junto ao Hospital de S. José, onde está a aumentar o tráfico de droga e os casos de roubo", revelou.
De outra imobiliária que tem vários apartamentos para comercializar no eixo entre Intendente e Anjos, uma vendedora informa que "um T2 todo remodelado, na Rua do Bombarda, perto do Mercado Forno do Tijolo, custa 137 mil euros. Um T1, também na zona dos Anjos, custa 110 mil euros". Ali perto, um T3 em águas-furtadas, no quarto andar sem elevador, vale 80 mil euros.
Segundo a mesma vendedora, "quanto mais perto estiver do Largo do Intendente, mais barato é o apartamento. Nesta zona é mais difícil vender, tal como noutras áreas problemáticas, como, por exemplo, na Picheleira e junto a bairros sociais ou de realojamento".
"Quando falamos com os clientes, avisamos logo que é perto do Intendente, porque não vale a pena estarmos a perder tempo a mostrar apartamentos que depois as pessoas já não querem", referiu, adiantando que "já tem acontecido as pessoas chegarem a meio do caminho, voltarem para trás e desistirem, porque não gostam do ambiente que lhes vai aparecendo pela frente".
Outro agente explica que a imobiliária para a qual trabalha "não angaria casas para venda nessa zona, porque depois é muito difícil encontrar compradores, porque as pessoas têm medo".
No Regueirão dos Anjos, onde a rua vai descendo em relação ao nível da Avenida Almirante Reis, criando-se vários pequenos túneis com as ruas que cruzam por cima, a equipa de reportagem do DN deparou, pelas 16.30, com uma moradora a queixar-se: "isto está cada vez pior. Daqui a uma hora fica tudo cheio deles, por todo o lado, a injectarem-se de droga".
"Mandei fazer obras na minha casa para a vender e não consigo arranjar ninguém que a queira comprar, porque as pessoas ficam com medo do que vêem. Assustam-se com o que se passa aqui à volta. Também tenho uma casa para alugar e ninguém quer lá ficar", contou, salientando que "isto é uma desgraça muito grande".
Adiantou que "eles passam a noite aqui até de manhã. Põem-se a dormir, enrolados em cartões, e só acordam lá pelas duas da tarde. Fazem porcaria por todo o lado. Cheira mal a urina e a tudo o resto que eles fazem. É como se a rua fosse a casa de banho deles".
Moradores e proprietários de casas na zona do Intendente, em Lisboa, queixam-se da presença de traficantes de droga e de toxicodependentes e dos assaltos ali praticados. Confessam estar fartos de tudo aquilo e querem mudar-se. Mas não podem, porque não conseguem vender os seus apartamentos. Dizem que "ninguém quer comprar casa aqui". Vários agentes imobiliários confirmaram esse facto ao DN, revelando que esta é a zona de Lisboa onde a habitação "é mais barata".
Na Avenida Almirante Reis, defronte do Largo do Intendente, cartazes anunciam quatro apartamentos para venda. Representantes das imobiliárias que os comer- cializam referem ao DN que "é difícil encontrar compradores".
Na Rua Álvaro Coutinho, um segundo andar com seis assoalhadas, que foi todo remodelado há um ano, continua para venda. Parte do apartamento dá para o Regueirão dos Anjos. "A dona do apartamento quer mudar-se, porque não gosta da zona. O preço é de 198 mil euros", informa o vendedor.
Outro agente esclarece que "junto ao Intendente o valor das casas é muito mais baixo do que no resto de Lisboa, devido aos assaltos e tráfico de droga. Em média, é cerca de 1200 euros por metro quadrado. Um T2, com uma área de 80 metros quadrados, ronda os cem mil ou 110 mil euros. Por vezes, as pessoas estão interessadas no preço do apartamento, mas, quando se apercebem do mau ambiente da zona, desistem e já não querem comprar".
"Isso também está a suceder na zona do Campo Mártires da Pátria, junto ao Hospital de S. José, onde está a aumentar o tráfico de droga e os casos de roubo", revelou.
De outra imobiliária que tem vários apartamentos para comercializar no eixo entre Intendente e Anjos, uma vendedora informa que "um T2 todo remodelado, na Rua do Bombarda, perto do Mercado Forno do Tijolo, custa 137 mil euros. Um T1, também na zona dos Anjos, custa 110 mil euros". Ali perto, um T3 em águas-furtadas, no quarto andar sem elevador, vale 80 mil euros.
Segundo a mesma vendedora, "quanto mais perto estiver do Largo do Intendente, mais barato é o apartamento. Nesta zona é mais difícil vender, tal como noutras áreas problemáticas, como, por exemplo, na Picheleira e junto a bairros sociais ou de realojamento".
"Quando falamos com os clientes, avisamos logo que é perto do Intendente, porque não vale a pena estarmos a perder tempo a mostrar apartamentos que depois as pessoas já não querem", referiu, adiantando que "já tem acontecido as pessoas chegarem a meio do caminho, voltarem para trás e desistirem, porque não gostam do ambiente que lhes vai aparecendo pela frente".
Outro agente explica que a imobiliária para a qual trabalha "não angaria casas para venda nessa zona, porque depois é muito difícil encontrar compradores, porque as pessoas têm medo".
No Regueirão dos Anjos, onde a rua vai descendo em relação ao nível da Avenida Almirante Reis, criando-se vários pequenos túneis com as ruas que cruzam por cima, a equipa de reportagem do DN deparou, pelas 16.30, com uma moradora a queixar-se: "isto está cada vez pior. Daqui a uma hora fica tudo cheio deles, por todo o lado, a injectarem-se de droga".
"Mandei fazer obras na minha casa para a vender e não consigo arranjar ninguém que a queira comprar, porque as pessoas ficam com medo do que vêem. Assustam-se com o que se passa aqui à volta. Também tenho uma casa para alugar e ninguém quer lá ficar", contou, salientando que "isto é uma desgraça muito grande".
Adiantou que "eles passam a noite aqui até de manhã. Põem-se a dormir, enrolados em cartões, e só acordam lá pelas duas da tarde. Fazem porcaria por todo o lado. Cheira mal a urina e a tudo o resto que eles fazem. É como se a rua fosse a casa de banho deles".
(in «Diário de Notícias»).
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