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Altavia diz que projecto da Tave, o mais barato no concurso para a ponte rodo-ferroviária não respeita requisitos de segurança. A espessura das torres da base e das estacas é inferiores à da Rave. O consórcio acusado diz que a proposta "até é a mais segura"
A segurança da nova ponte sobre o Tejo, a terceira travessia, pode estar em risco se o troço Lisboa- Poceirão da linha ferroviária de alta velocidade for entregue ao consórcio Tave, um dos três concorrentes em concurso. O alerta é da Altavia, agrupamento liderado pela Mota-Engil. De acordo com o estudo deste consórcio, a proposta apresentada pela Tave, a mais barata das quatro em jogo, as espessuras das torres da ponte, das bases das mesmas e das estacas são inferiores às estabelecidas na solução de referência dada pela Rave - Rede de Alta Velocidade, que constitui a base de requisitos do caderno de encargos.
"A espessura das torres deveria ser de 1,5m segundo a Rave, mas no projecto da Tave é de 75 centímetros, as bases têm uma dimensão inferior em cerca de 60% e as estacas de menos 40%" disse ao DN Duarte Vieira, presidente da comissão executiva da Altavia.
O responsável da Tave, consórcio liderado pela espanhola FCC, admite que as espessuras das torres e das base é inferior, mas que "o projecto tal como está concebido garante toda a segurança da estrutura". "Nunca iríamos apresentar uma proposta que implicasse riscos", afirmou ao DN Adão da Fonseca, explicando que o "o projecto Tave é em tudo muito semelhante à solução de referência da Rave. O que procurámos foi optimizá-la, usando menos betão e betão de maior qualidade. Por outro lado, distanciamos mais os pilares ao longo do tabuleiro, pelo que o impacto visual, ambiental, do peso e sísmico é menor." Quanto menos massa menor é a força sísmica. Por isso, salientou, "a nossa solução se calhar até é mais segura do que as outras". Adão da Fonseca adiantou ainda que a espessura das torres não é sempre de 75 centímetros, é variável. "Os projectistas dos outros concorrentes são excelentes, mas os nossos também", concluiu.
Vilaça Moura, o representante da Rave na comissão de avaliação das propostas, limitou-se a dizer que "enquanto estiver a decorrer o concurso não há qualquer comentário sobre nada". E acrescenta que em meados de Dezembro, de acordo com o calendário estabelecido, será conhecida a avaliação das quatro propostas dos três candidatos e duas delas serão seleccionadas para a segunda fase. A decisão deve ser conhecida no fim do ano.
Confrontado com as críticas à proposta da Tave, o representante da Elos - o terceiro consórcio concorrente liderado pela Brisa - diz esperar que o júri não considere o factor preço como o mais importante. Embora prefira pronunciar-se formalmente após a divulgação do relatório preliminar, Pedro Gonçalves disse ao DN que "seguramente alguma coisa tem de haver para que a diferença de preços seja tão significativa". Até porque, acrescenta aquele responsável, "temos consciência de que esmagámos até ao limite do possível as margens para tornar a nossa proposta mais competitiva". A diferença entre a proposta mais cara e a mais barata, só no que diz respeito ao investimento, é de 440 milhões.
A segurança da nova ponte sobre o Tejo, a terceira travessia, pode estar em risco se o troço Lisboa- Poceirão da linha ferroviária de alta velocidade for entregue ao consórcio Tave, um dos três concorrentes em concurso. O alerta é da Altavia, agrupamento liderado pela Mota-Engil. De acordo com o estudo deste consórcio, a proposta apresentada pela Tave, a mais barata das quatro em jogo, as espessuras das torres da ponte, das bases das mesmas e das estacas são inferiores às estabelecidas na solução de referência dada pela Rave - Rede de Alta Velocidade, que constitui a base de requisitos do caderno de encargos.
"A espessura das torres deveria ser de 1,5m segundo a Rave, mas no projecto da Tave é de 75 centímetros, as bases têm uma dimensão inferior em cerca de 60% e as estacas de menos 40%" disse ao DN Duarte Vieira, presidente da comissão executiva da Altavia.
O responsável da Tave, consórcio liderado pela espanhola FCC, admite que as espessuras das torres e das base é inferior, mas que "o projecto tal como está concebido garante toda a segurança da estrutura". "Nunca iríamos apresentar uma proposta que implicasse riscos", afirmou ao DN Adão da Fonseca, explicando que o "o projecto Tave é em tudo muito semelhante à solução de referência da Rave. O que procurámos foi optimizá-la, usando menos betão e betão de maior qualidade. Por outro lado, distanciamos mais os pilares ao longo do tabuleiro, pelo que o impacto visual, ambiental, do peso e sísmico é menor." Quanto menos massa menor é a força sísmica. Por isso, salientou, "a nossa solução se calhar até é mais segura do que as outras". Adão da Fonseca adiantou ainda que a espessura das torres não é sempre de 75 centímetros, é variável. "Os projectistas dos outros concorrentes são excelentes, mas os nossos também", concluiu.
Vilaça Moura, o representante da Rave na comissão de avaliação das propostas, limitou-se a dizer que "enquanto estiver a decorrer o concurso não há qualquer comentário sobre nada". E acrescenta que em meados de Dezembro, de acordo com o calendário estabelecido, será conhecida a avaliação das quatro propostas dos três candidatos e duas delas serão seleccionadas para a segunda fase. A decisão deve ser conhecida no fim do ano.
Confrontado com as críticas à proposta da Tave, o representante da Elos - o terceiro consórcio concorrente liderado pela Brisa - diz esperar que o júri não considere o factor preço como o mais importante. Embora prefira pronunciar-se formalmente após a divulgação do relatório preliminar, Pedro Gonçalves disse ao DN que "seguramente alguma coisa tem de haver para que a diferença de preços seja tão significativa". Até porque, acrescenta aquele responsável, "temos consciência de que esmagámos até ao limite do possível as margens para tornar a nossa proposta mais competitiva". A diferença entre a proposta mais cara e a mais barata, só no que diz respeito ao investimento, é de 440 milhões.
(in «Diário de Notícias»).
2 comentários:
O mais seguro é não fazer nenhuma. Que falta faz esse super-comboio?
De resto nem os noticieiros sabem nada: confundem pontes com travessias; e ordenam pior: terceira porquê, qual é o critério da contagem?
Cumpts.
Exactamente! Quem é que quer esta ponte? O governo e os seus amigos do negócio... Esta mega ponte vai ser um mega erro para Lisboa!
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