quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Lisboa: o fausto de uma cidade a empobrecer.

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Faustosa tomada de posse dos novos órgãos autárquicos lisboetas:
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Mas, a realidade é...
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LISBOA PERDERÁ PESO ENTRE AS CIDADES MAIS RICAS
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Ao longo das próximas duas décadas, a capital portuguesa deverá perder dez posições num ranking que mede a riqueza gerada pelas maiores cidades do mundo e onde ocupa actualmente o 66.º posto, classificada entre Pittsburgh, nos Estados Unidos, e Atenas, na Grécia.
De acordo com um estudo da PricewaterhouseCoopers (PWC) a que o PÚBLICO teve acesso, nos próximos 17 anos (até 2025), a posição de Lisboa nesta tabela das 151 maiores cidades vai descer até ao lugar 76, para passar a situar-se entre São Petersburgo, Rússia, e Ahmedabad, sexta maior cidade da Índia.
A tabela, cujos dados mais recentes se reportam a 2008, coloca o Produto Interno Bruto (PIB) lisboeta nos 98 mil milhões de dólares (calculado em paridades de poder de compra, medida usada para comparar o poder de compra dos cidadãos nas várias cidades). Mas, segundo as estimativas da PWC para 2025, este valor deverá subir para 149 mil milhões de dólares, o que equivale a um crescimento médio anual de 2,5 por cento (traduzindo o 87.º maior crescimento entre cidades).
Apesar de se prever que venha a afundar na tabela, a riqueza da cidade portuguesa será, ainda assim, superior à de outras capitais europeias como Atenas, Berlim, Bruxelas, Dublin e Estocolmo.
O ranking é actualmente liderado por Tóquio, Nova Iorque e Los Angeles e quanto a estas não deverá haver novidades até 2025. As previsões da PWC apontam para que estas três cidades continuem a encabeçar a lista, com um PIB de 1,981, 1,915 e 1,036 biliões de dólares, respectivamente. Já na quarta e quinta posições, Chicago e Londres vão inverter papéis, tornando-se mais rica a capital britânica. E Madrid, que actualmente ocupa o 26.º lugar, cairá seis posições.
Os resultados do estudo combinam as previsões de crescimento populacional das Nações Unidas para as cidades em causa, com as projecções de crescimento dos vários PIB per capita realizadas pela PWC para o relatório O Mundo em 2050.
A consultora sublinha que "tomar em conta os rendimentos per capita [dos habitantes das cidades] permite certamente uma melhor avaliação do tamanho relativo das economias urbanas do que olhar apenas para os dados estatísticos da população."
(in Público, de 5/11/2009).

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