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A CORJA! SEMANÁRIO DE CARICATURAS (1898)
A Corja! Semanário de Caricaturas, saiu em Lisboa, em 1898, publicando 17 números. Teve redacção e administração na Rua da Rosa, 257. Em jeito de provocação afirmava ser o ”jornal de maior circulação… em todo o Governo Civil”. Feito integralmente por Leal da Câmara, autor da maior parte dos desenhos, o semanário contou ainda com a colaboração de outro artista de renome, Sebastião Sanhudo, o “correspondente caricatural no Porto”. Numa espécie de editorial de apresentação, Gomes Leal, a pedido de Leal da Câmara, definia “a significação da palavra Corja”, e com isso o objectivo do semanário: a crítica sistemática, e corrosiva, aos “comilões do Orçamento”, os políticos, que devoravam as linhas-férreas, as alfândegas, os tabacos, “como o outro [D. Carlos] devora bacalhau com batatas”. Na linha dos jornais de Bordalo Pinheiro, A Corja!, apesar de efémera, foi uma das mais violentas folhas de humorísticas e satíricas que se publicaram contra a Monarquia Constitucional e as suas instituições, agora disponível na Hemeroteca Digital, aqui.
A CORJA! SEMANÁRIO DE CARICATURAS (1898)
A Corja! Semanário de Caricaturas, saiu em Lisboa, em 1898, publicando 17 números. Teve redacção e administração na Rua da Rosa, 257. Em jeito de provocação afirmava ser o ”jornal de maior circulação… em todo o Governo Civil”. Feito integralmente por Leal da Câmara, autor da maior parte dos desenhos, o semanário contou ainda com a colaboração de outro artista de renome, Sebastião Sanhudo, o “correspondente caricatural no Porto”. Numa espécie de editorial de apresentação, Gomes Leal, a pedido de Leal da Câmara, definia “a significação da palavra Corja”, e com isso o objectivo do semanário: a crítica sistemática, e corrosiva, aos “comilões do Orçamento”, os políticos, que devoravam as linhas-férreas, as alfândegas, os tabacos, “como o outro [D. Carlos] devora bacalhau com batatas”. Na linha dos jornais de Bordalo Pinheiro, A Corja!, apesar de efémera, foi uma das mais violentas folhas de humorísticas e satíricas que se publicaram contra a Monarquia Constitucional e as suas instituições, agora disponível na Hemeroteca Digital, aqui.
1 comentário:
Um post bem elucidativo da nossa sociedade, um bom paralelo estabelecido entre monárquicos e republicanos (antes e agora)e ao mesmo tempo é prova de um legado lusitano desde os tempos dos nossos egrégios avós...a corja que não se comanda nem se deixa comandar...esta genética é lixada...
À parte deste desabafo, foi um período politico e social bem prolífico em termos democráticos, era possível a expressão artística e politica, foi quando nasceu a caricatura. Embora se vivesse na ditadura de João Franco, a liberdade de expressão era bastante grande, como atestam estas edições.
Tenho alguns jornais desta época e sou fã incondicional destas memórias ... é sempre bom saber que ainda não se apagaram...
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