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A Câmara Municipal de Lisboa está a efectuar uma série de obras, chamadas de "requalificação", de vários espaços verdes da cidade, entre os quais o jardim França Borges, mais conhecido como jardim do Príncipe Real. Estas intervenções "requalificadoras" têm passado pelo abate de inúmeras árvores, situação ainda recentemente verificada, por exemplo, na Praça José Fontana, muitas delas árvores históricas, centenárias ou quase, algumas das quais há muito deveriam ter sido consideradas património da cidade.Pese embora o argumento de se encontrarem doentes, não só se desconhecem os relatórios fitossanitários das mesmas, como aparentemente não se detecta que estivessem em estado de degradação tal que tivessem de ser abatidas. A requalificação do jardim do Príncipe Real é tanto mais grave, quanto entre as árvores abatidas se encontravam algumas das mais características do Jardim, nomeadamente as que existiam junto ao lago central. O Núcleo de Lisboa da Quercus, considera que a requalificação de jardins históricos de Lisboa, deve ser uma medida integrada com o urbanismo local, respeitando os traçados, a fruição e os espaços de memória e paisagem urbana da própria cidade. Neste contexto, o Núcleo de Lisboa da Quercus, não pode deixar de condenar quaisquer intervenções camarárias que impliquem a destruição de mais exemplares arbóreos na Cidade, salvo se imperiosas e justificadas razões fitossanitárias o recomendassem. A Quercus exorta o executivo camarário, e o Pelouro dos Espaços Verdes em particular, a inverter a tendência de abates massivos que se vem acentuando e a enveredar por uma política de efectiva preservação e recuperação dos espaços verdes existentes em Lisboa.
Lisboa 25 de Novembro de 2009
1 comentário:
força!
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