sábado, 31 de outubro de 2009
«Botelhão» invade o Bairro Alto.
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"Botelhão" começa a tomar conta do Bairro Alto
Comerciantes dizem que o fenómeno se deve à redução dos horários e à crise
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Moradores e comerciantes do Bairro Alto, em Lisboa, garantem que o consumo de bebidas na rua aumentou de forma assustadora. Atribuem o fenómeno ao facto de os bares fecharem mais cedo e ao contexto de crise económica.
Há um ano que os bares e discotecas do Bairro Alto - espaço boémio que junta anónimos, figuras públicas e muitos turistas - deixaram de estar abertos até às quatro horas da madrugada. Por determinação da Câmara, ordenou-se o encerramento duas horas mais cedo, mas perante o coro de críticas, a medida acabou por ser revogada oito meses depois.
Em Julho passado, chegou-se a uma "solução de consenso" que se traduziu no fecho dos estabelecimentos de diversão pelas três horas, às sextas, sábados e véspera de feriados. Os moradores continuam a queixar-se do ruído, das drogas, dos grafitos e da falta de segurança. Quem tem comércio garante que o sector está na ruas da amargura e que os horários e a crise fizeram disparar os negócios de "vão de escada" e o chamado fenómeno do "Botelhão", ou seja, o consumo de álcool na rua.
"De manhã, nem à rua consigo sair. A soleira da porta está cheia de copos e garrafas. Nem o parapeito da janela escapa. Limito-me a abrir a janela e a atirar tudo para o chão", confessa Maria Helena Silva, que habita um rés-do-chão na Rua da Barroca.
Quando se pergunta à idosa se o Bairro Alto mudou neste último ano, a mulher solta um longo suspiro e desfia um rol de queixas. "O ruído é uma calamidade. Os bares fecham e a rapaziada fica na rua até às tantas. As paredes são limpas e voltam os rabiscos", afirma.
António Dias, outro morador opta por destacar "o triste espectáculo" e do consumo de bebidas " a metro" na rua e o tráfico de droga "à descarada". Na sua óptica, o problema é complexo e combate-se com "mais polícias".
Para Belino Costa, presidente da Associação de Comerciantes do Bairro Alto, há o risco de o "Botelhão" se tornar "num negócio dominante". Em Espanha, o fenómeno atingiu tal dimensão que foi proibido em certas zonas residenciais e turísticas. Este será uma das preocupações que levará à Câmara de Lisboa, em Maio de 2010, data em que as medidas serão reavaliadas. A segurança será outro tema a debater.
Paulo Cassiano, proprietário de um restaurante, junta-se aos protestos. Revela que, quando se aproxima o fecho dos bares, os jovens compram bebidas em larga escala para beberem na rua. Aponta ainda para a degradação crescente no Jardim de São Pedro de Alcântara, que se transformou "num espaço de consumo", e de depósito de garrafas e copos.
Comerciantes dizem que o fenómeno se deve à redução dos horários e à crise
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Moradores e comerciantes do Bairro Alto, em Lisboa, garantem que o consumo de bebidas na rua aumentou de forma assustadora. Atribuem o fenómeno ao facto de os bares fecharem mais cedo e ao contexto de crise económica.
Há um ano que os bares e discotecas do Bairro Alto - espaço boémio que junta anónimos, figuras públicas e muitos turistas - deixaram de estar abertos até às quatro horas da madrugada. Por determinação da Câmara, ordenou-se o encerramento duas horas mais cedo, mas perante o coro de críticas, a medida acabou por ser revogada oito meses depois.
Em Julho passado, chegou-se a uma "solução de consenso" que se traduziu no fecho dos estabelecimentos de diversão pelas três horas, às sextas, sábados e véspera de feriados. Os moradores continuam a queixar-se do ruído, das drogas, dos grafitos e da falta de segurança. Quem tem comércio garante que o sector está na ruas da amargura e que os horários e a crise fizeram disparar os negócios de "vão de escada" e o chamado fenómeno do "Botelhão", ou seja, o consumo de álcool na rua.
"De manhã, nem à rua consigo sair. A soleira da porta está cheia de copos e garrafas. Nem o parapeito da janela escapa. Limito-me a abrir a janela e a atirar tudo para o chão", confessa Maria Helena Silva, que habita um rés-do-chão na Rua da Barroca.
Quando se pergunta à idosa se o Bairro Alto mudou neste último ano, a mulher solta um longo suspiro e desfia um rol de queixas. "O ruído é uma calamidade. Os bares fecham e a rapaziada fica na rua até às tantas. As paredes são limpas e voltam os rabiscos", afirma.
António Dias, outro morador opta por destacar "o triste espectáculo" e do consumo de bebidas " a metro" na rua e o tráfico de droga "à descarada". Na sua óptica, o problema é complexo e combate-se com "mais polícias".
Para Belino Costa, presidente da Associação de Comerciantes do Bairro Alto, há o risco de o "Botelhão" se tornar "num negócio dominante". Em Espanha, o fenómeno atingiu tal dimensão que foi proibido em certas zonas residenciais e turísticas. Este será uma das preocupações que levará à Câmara de Lisboa, em Maio de 2010, data em que as medidas serão reavaliadas. A segurança será outro tema a debater.
Paulo Cassiano, proprietário de um restaurante, junta-se aos protestos. Revela que, quando se aproxima o fecho dos bares, os jovens compram bebidas em larga escala para beberem na rua. Aponta ainda para a degradação crescente no Jardim de São Pedro de Alcântara, que se transformou "num espaço de consumo", e de depósito de garrafas e copos.
(in Jornal de Notícias).
Ainda querem construir mais?
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Há mais de 100 mil casas desocupadas à venda em Portugal.
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Portugal tem mais de 100 mil casas vazias que ninguém consegue vender. São casas--fantasma que nos últimos anos se multiplicaram nas periferias das grandes cidades, em especial Lisboa e Porto, à espera de uma classe média baixa a quem os bancos fecharam a porta. Muitas ainda estão por estrear quando as tabuletas a dizer "vende-se" começam a enferrujar. "A maior parte nunca foi ocupada, e se se mantiverem desocupadas estas casas vão-se estragando de dia para dia", sublinha Luís Lima, presidente da Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), em entrevista ao i. "Não foram pensadas para o arrendamento, e os promotores não as põem nesse mercado porque não funciona", adianta o responsável, que tem vindo a alertar para a necessidade de alterar a legislação aplicável. Apesar de haver um aumento substancial na procura por arrendamento, cerca de 50% nos primeiros nove meses do ano, a concretização efectiva teve um aumento de apenas 2%. Porquê? "O valor das rendas é incomportável", explica Luís Lima, justificando esta aparente contradição com o enorme risco tomado pelo proprietário. Não só tem uma carga fiscal muito elevada como é obrigado a investir na manutenção do imóvel - sem ter garantias de que o inquilino é despejado rapidamente quando deixa de pagar. Luís Lima frisa que muitos proprietários transferem esse risco para o valor da renda, que acaba por ser demasiado elevado e gera o incumprimento. Esta situação, aliada à retracção dos bancos na concessão de crédito, originou o cenário peculiar das casas-fantasma. Luís Lima acredita que no final do ano o número de imóveis vendidos vai baixar cerca de 10%, passando de 170 mil em 2008 para algo como 150 mil casas transaccionadas este ano. No entanto, o volume de negócios gerado pelo sector vai crescer. Como se explica este fenómeno? "O mercado médio alto vende-se bem. E mais: a banca está completamente disponível para financiar", detalha o presidente da APEMIP. Uma das soluções para este problema, além da mudança de lei no arrendamento, pode estar na intervenção do governo. "O parque está construído e o Estado devia pensar se vale a pena continuar a construir habitação social", afirma Luís Lima, para quem muitas destas casas poderiam servir para o alojamento das famílias carenciadas. Por outro lado, o responsável das empresas de mediação defende que os construtores terão de se virar para outros nichos de mercado, tais como o da habitação para seniores - que têm necessidades específicas devido à idade - e para jovens, que precisam de casas pequenas e baratas enquanto fazem a transição da casa dos pais para a vida adulta. "Todo o promotor que construir sem saber o que as pessoas querem comprar cometerá um erro", avisa o presidente, salientando que "o mercado nunca mais será dominado pela oferta e sim pela procura". Além disso, reflecte, "não se pode pedir por um imóvel usado um valor mais elevado que uma casa nova no mesmo sítio. Tem de custar 30% ou 40% menos". A expectativa de valorização eterna das casas tem os dias contados.
(Jornal «i»)
Soneto da fidelidade.
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De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
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Vinicius de Moraes
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Conhece o Convento dos Cardaes?
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Na Rua de O Século, nº 123, quase sem se dar por ele, e por vezes mais visitado por estrangeiros do que por portugueses, existe uma pequena maravilha: o Convento dos Cardaes.
A favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
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Exposição de fotografia colectiva com vendas a favor da "LIGA PORTUGUESA CONTRA O CANCRO" para angariação de fundos.
A Exposição estará patente a partir de Sábado dia 14 a 30 de Novembro na Galeria Actual.
Av. da República nº12-A 1050-191 Lisboa.
Cocktail de Inauguração Sábado, dia 14, pelas 17h.
E-mails: geral@galeria-actual.com ou geral@joaquimmurteira.com
Contactos: 21 400 2549 / 917048976 / 915254516
www.galeria-actual.com
A Exposição estará patente a partir de Sábado dia 14 a 30 de Novembro na Galeria Actual.
Av. da República nº12-A 1050-191 Lisboa.
Cocktail de Inauguração Sábado, dia 14, pelas 17h.
E-mails: geral@galeria-actual.com ou geral@joaquimmurteira.com
Contactos: 21 400 2549 / 917048976 / 915254516
www.galeria-actual.com
E não se apuram responsabilidades?
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E não se apuram responsabilidades? É que há uma lei de responsabilidade civil extracontraual que não é nada meiga...
CÂMARA CONFIRMA VIOLAÇÕES DO PDM NA AV. DA REPÚBLICA E CONDE REDONDO
.Três dos casos de violação do Plano Director Municipal (PDM) encontrados pelo grupo de trabalho da Câmara de Lisboa que reanalisou os processos urbanísticos apontados pela sindicância referem-se a edifícios que já estavam construídos quando se percebeu que o seu licenciamento nunca devia ter acontecido.
Um dos casos refere-se a um edifício construído no cruzamento da Avenida da República com a João Crisóstomo que constava do inventário municipal do património, mas que acabou por ser demolido em 2008, já depois de o respectivo processo ter sido reanalisado pelo grupo de trabalho. Só sobrou a fachada. O projecto de arquitectura aprovado três anos antes violava o PDM e a autarquia só decidiu pela nulidade do acto já em 2008. A demolição foi autorizada pela autarquia, apesar de o edifício se encontrar "em razoável estado de conservação" e ter "valores patrimoniais a preservar", refere um relatório do grupo de trabalho.
Nos outros dois edifícios já construídos à data da reanálise dos processos, a equipa técnica optou por desaconselhar qualquer medida, dado "o tempo entretanto decorrido". É o caso de um prédio de habitação construído na Rua do Conde de Redondo n.º 4, um caso deferido pela autarquia em 2004 apesar de também violar o PDM por ter um piso a mais e não possuir lugares de estacionamento suficientes. De acordo com o grupo de trabalho, este processo foi apreendido pela Procuradoria-Geral da República.
O outro caso de violação do PDM que já não terá qualquer consequência refere-se a um edifício na Rua de Duarte Galvão, também com pisos a mais. No entanto, depois de entregues novos elementos que não alteraram o projecto, o processo foi deferido em Fevereiro de 2004, contra a informação técnica, que apontava a violação do PDM, segundo a Lusa.
(Público)Um dos casos refere-se a um edifício construído no cruzamento da Avenida da República com a João Crisóstomo que constava do inventário municipal do património, mas que acabou por ser demolido em 2008, já depois de o respectivo processo ter sido reanalisado pelo grupo de trabalho. Só sobrou a fachada. O projecto de arquitectura aprovado três anos antes violava o PDM e a autarquia só decidiu pela nulidade do acto já em 2008. A demolição foi autorizada pela autarquia, apesar de o edifício se encontrar "em razoável estado de conservação" e ter "valores patrimoniais a preservar", refere um relatório do grupo de trabalho.
Nos outros dois edifícios já construídos à data da reanálise dos processos, a equipa técnica optou por desaconselhar qualquer medida, dado "o tempo entretanto decorrido". É o caso de um prédio de habitação construído na Rua do Conde de Redondo n.º 4, um caso deferido pela autarquia em 2004 apesar de também violar o PDM por ter um piso a mais e não possuir lugares de estacionamento suficientes. De acordo com o grupo de trabalho, este processo foi apreendido pela Procuradoria-Geral da República.
O outro caso de violação do PDM que já não terá qualquer consequência refere-se a um edifício na Rua de Duarte Galvão, também com pisos a mais. No entanto, depois de entregues novos elementos que não alteraram o projecto, o processo foi deferido em Fevereiro de 2004, contra a informação técnica, que apontava a violação do PDM, segundo a Lusa.
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E não se apuram responsabilidades? É que há uma lei de responsabilidade civil extracontraual que não é nada meiga...
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
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