Independentemente de sermos monárquicos ou republicanos, de esquerda ou de direita, o «caso da bandeira» merece algumas reflexões:
1ª - Como é possível uma pessoa colocar uma escada na frontaria do edifício-sede da CML, escalá-la, arriar a bandeira da CML e colocar uma bandeira monárquica? E se em vez de uma bandeira fosse uma bomba? Depois do incêndio de há poucos anos, a CML não tem segurança?
2ª - Como foi possível a bandeira manter-se hasteada tantas horas, até ao meio-dia de hoje, à vista de todos? A CML diz que chamou a polícia. Era preciso a polícia para arrear uma bandeira? Bem, e a que distância fica a esquadra? Dez, doze metros... Se a polícia demora assim tanto tempo a chegar, em que cidade vivemos?
3ª - Vai haver um inquérito para apuramento de responsabilidades por esta manifesta falta de segurança do edifício-sede da CML?
4ª - António Costa não assume a responsabilidade política por ser incapaz de guardar sequer a sua casa?
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Como dissemos, isto não tem nada a ver com Monarquia ou República. Mas que, a pouco tempo das eleições autárquicas, alguém seja capaz de fazer isto e ninguém seja capaz de repor de imediato a bandeira da CML é algo que diz muito. Um dia, Mathias Rust, um jovem alemão, aterrou numa pequena avioneta na Praça Vermelha, em Moscovo. Não muito depois, a URSS desaparecia. O caso da bandeira não foi uma brincadeira de miúdos. É um caso que diz muito. Do estado a que chegámos.
4 comentários:
O securitas só faz o turno das 9h00 às 5h00. Cumpts.
Subscrevo integralmente este post aliás além da esquadra estar a escassos 30 metros o ministério da Administração Interna está a 50 metros.
Mas está tudo calado afinal estamos de férias...
Admiro sim a ousadia!
Mas que grande 31!
Essas são realmente as questões a colocar depois deste acto. Que de resto faz tanto sentido como ir desenterrar Endovélicos.
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