Pavilhão da Realidade Virtual.

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O êxito alcançado pela Expo'98 levou à criação da Fundação do Gil, a quem compete agora a guarda dos bonecos que na época foram um sucesso. A bonecada tem-se portado bem, é de alimentação frugal e, caso raro em nossos dias, não se reproduz em cativeiro.

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Aos possuidores de um bilhete para o Pavilhão da Realidade Virtual, é agora possível visitar a família Gil. Um casal heterossexual sem nada de relevante para contar. Nem a mãe bate no pai nem o pai anda emebeiçado por uma brasileira. Enfim, um casal monotonamente burguês, que procura resistir à crise.

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O pequeno João Gil já está crescidote. Após uma relação amorosa com a senhorita Catarina Furtado, este antigo músico da banda «Trovante» inscreveu-se no programa «Novas Oportunidades», onde frequenta o curso «Como-sobreviver-ao-fim-de-uma-relação-amorosa-com-a-senhorita-filha-do-gajo-que-fez-aqueles-documentários-xaroposos-da-guerra-colonial». É candidato independente nas listas do PS à CML. Lema de campanha: «O Gil faz falta».
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Os pais afectivos, sorridentes.
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Fotografias tiradas em Agosto de 2008.

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É impecável isto estar aqui. Assim não está a estragar um jardim ou um parque infantil. Até agora, nenhum Gil foi grafitado. À semelhança das gravuras de Foz Côa, os Gil não sabem nadar. E não querem ser grafitados.

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