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Depois de percorrer o país, o Projecto Combo aterra em Lisboa, para um final em beleza. Ao longo de um mês, 13 lojas tradicionais da Baixa vão receber 13 objectos de design, num casamento improvável mas feliz, que inclui desde uma simples carteira a um suporte de latas de conservas. Ana Garcia Martins falou com a estilista Sara Lamúrias, a mente do Combo. É um casamento invulgar, mas nem por isso condenado à partida: 13 lojas tradicionais da Baixa de Lisboa vão estar ligadas a 13 objectos de design. Vão recebê-los durante um mês, como se fizessem parte da casa, e provar que dois mundos aparentemente tão distantes podem conviver alegremente. Estranho? Não, é Combo.
Depois de ter passado por Cascais, Évora, Porto, Vila Real, Braga, Aveiro, e Torres Novas, o projecto da estilista Sara Lamúrias chega agora a Lisboa para a recta final. A viagem arrancou em Outubro passado, depois de uma parceria com uma florista de Coimbra. “Criei um objecto a pensar na loja e, em parceria com a florista, fizemos uma instalação relacionada com isso. A partir daí fiquei com vontade de alargar a ideia e apresentei o projecto ao ministério da Cultura”, conta a designer.
O objectivo era passar por várias cidades nacionais e, em cada uma delas, instalar uma peça de design em cinco lojas do centro histórico. As tipologias das lojas eram iguais em todas as cidades: uma mercearia, uma florista, uma pastelaria, uma drogaria e uma livraria. Os objectos variavam entre malas, jarras ou cachecóis.
O nome do projecto, Combo, está ligado a dois factores. Por um lado, a combinação do comércio tradicional com o design. Por outro, a dupla função dos objectos: uma mais ligada à especificidade da loja onde se encontra, outra mais associada à moda e à vertente estética. Exemplo disso são o porta-latas e cartões da Conserveira de Lisboa, o capuz-cesta da Mercearia Nova Açoreana, ou o colar/guarda-jóias da Ourivesaria Sarmento.
Se nas outras cidades havia cinco objectos para cinco lojas, Lisboa teve direito a 13 objectos e 13 lojas. “O projecto foi muito bem acolhido pela Câmara Municipal de Lisboa, que o encaminhou para o Museu do Design e da Moda. À parceria juntou-se a EGEAC, para que o Combo pudesse abranger o período das Festas de Lisboa. Houve a proposta de alargar o projecto a mais lojas e eu tive todo o interesse nisso. É a minha cidade e é muito estimulante para mim encerrar o projecto com algo assim, mais desenvolvido”.
As 13 lojas escolhidas resultaram de uma pesquisa e de um “namoro” aos comerciantes. “Toda a gente gostou da ideia e ficou rapidamente envolvida”, diz Sara. Assim, para além das lojas já referidas, o Combo passará também pela retrosaria J.R. da Silva, pela barbearia Torres, pela livraria Rodrigues, pela leitaria Camponeza, pela farmácia Simões Pires, pela Casa Macário, pela Casa Frazão, pela drogaria S. Pereira Leão, pela chapelaria Azevedo Rua e pela JAD Sementes. “Não há uma regra para cada loja. O objecto tanto pode estar na montra como pendurado em algum lado. O importante é que esteja integrado com os restantes produtos e que não interfira com a loja. Junto a cada peça haverá um pequeno cartaz que explica a dupla função do objecto”.
As peças custam entre 15 e 40€ e há apenas 50 de cada, numa edição limitada e numerada. Para conhecer os 13 objectos há que percorrer as 13 lojas, mas esse também é um dos objectivos do projecto: levar os lisboetas a espaços tradicionalmente mais voltados para os turistas e promover o seu desenvolvimento. Por cada objecto vendido, a loja recebe dez por cento.
O Combo engloba também uma vertente de sustentabilidade e integração social, já que as peças são produzidas por reclusas do estabelecimento prisional de Tires. “Consigo sentir a importância que este trabalho tem para pessoas que estão inibidas da sua liberdade e que têm vidas tão complicadas. Temos uma boa relação, elas interagem bastante e dão sugestões”.
O projecto Combo estará na cidade entre 15 de Junho e 15 de Julho. A iniciativa será animada com várias performances artísticas nas lojas (da «Time Out»).
Depois de ter passado por Cascais, Évora, Porto, Vila Real, Braga, Aveiro, e Torres Novas, o projecto da estilista Sara Lamúrias chega agora a Lisboa para a recta final. A viagem arrancou em Outubro passado, depois de uma parceria com uma florista de Coimbra. “Criei um objecto a pensar na loja e, em parceria com a florista, fizemos uma instalação relacionada com isso. A partir daí fiquei com vontade de alargar a ideia e apresentei o projecto ao ministério da Cultura”, conta a designer.
O objectivo era passar por várias cidades nacionais e, em cada uma delas, instalar uma peça de design em cinco lojas do centro histórico. As tipologias das lojas eram iguais em todas as cidades: uma mercearia, uma florista, uma pastelaria, uma drogaria e uma livraria. Os objectos variavam entre malas, jarras ou cachecóis.
O nome do projecto, Combo, está ligado a dois factores. Por um lado, a combinação do comércio tradicional com o design. Por outro, a dupla função dos objectos: uma mais ligada à especificidade da loja onde se encontra, outra mais associada à moda e à vertente estética. Exemplo disso são o porta-latas e cartões da Conserveira de Lisboa, o capuz-cesta da Mercearia Nova Açoreana, ou o colar/guarda-jóias da Ourivesaria Sarmento.
Se nas outras cidades havia cinco objectos para cinco lojas, Lisboa teve direito a 13 objectos e 13 lojas. “O projecto foi muito bem acolhido pela Câmara Municipal de Lisboa, que o encaminhou para o Museu do Design e da Moda. À parceria juntou-se a EGEAC, para que o Combo pudesse abranger o período das Festas de Lisboa. Houve a proposta de alargar o projecto a mais lojas e eu tive todo o interesse nisso. É a minha cidade e é muito estimulante para mim encerrar o projecto com algo assim, mais desenvolvido”.
As 13 lojas escolhidas resultaram de uma pesquisa e de um “namoro” aos comerciantes. “Toda a gente gostou da ideia e ficou rapidamente envolvida”, diz Sara. Assim, para além das lojas já referidas, o Combo passará também pela retrosaria J.R. da Silva, pela barbearia Torres, pela livraria Rodrigues, pela leitaria Camponeza, pela farmácia Simões Pires, pela Casa Macário, pela Casa Frazão, pela drogaria S. Pereira Leão, pela chapelaria Azevedo Rua e pela JAD Sementes. “Não há uma regra para cada loja. O objecto tanto pode estar na montra como pendurado em algum lado. O importante é que esteja integrado com os restantes produtos e que não interfira com a loja. Junto a cada peça haverá um pequeno cartaz que explica a dupla função do objecto”.
As peças custam entre 15 e 40€ e há apenas 50 de cada, numa edição limitada e numerada. Para conhecer os 13 objectos há que percorrer as 13 lojas, mas esse também é um dos objectivos do projecto: levar os lisboetas a espaços tradicionalmente mais voltados para os turistas e promover o seu desenvolvimento. Por cada objecto vendido, a loja recebe dez por cento.
O Combo engloba também uma vertente de sustentabilidade e integração social, já que as peças são produzidas por reclusas do estabelecimento prisional de Tires. “Consigo sentir a importância que este trabalho tem para pessoas que estão inibidas da sua liberdade e que têm vidas tão complicadas. Temos uma boa relação, elas interagem bastante e dão sugestões”.
O projecto Combo estará na cidade entre 15 de Junho e 15 de Julho. A iniciativa será animada com várias performances artísticas nas lojas (da «Time Out»).
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