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O arquitecto Bruno Soares (a propósito: quem é este gajo?) remodelou o seu projecto. Bem, é sinal que o outro não estava bem, ou não? Afinal, tínhamos razão, o Cidadania Lx também, uma carrada de arquitectos também. Agora, apresenta o anterior projecto, em versão «light». Tudo em cores suaves, a ver se passa. Mas uma dúvida: vão acabar com o trânsito nas faixas laterais, certo? É o que dizem: particulares junto ao rio, transporte público junto ao Arco. OK. mas então para quê manter estas faixas laterais? Para as viaturas dos senhores ministros? Porque não unir a placa central às placas laterais? Porquê manter o alcatrão nas laterais, EXPLICAM? Bem, metam é o projecto na gaveta e não se fala mais nisso.
1 comentário:
Caso a Sociedade Frente Tejo tivesse aberto um concurso público, com uma estratégia de intervenção bem delineada, objectivos e requisitos, teríamos observado um conjunto de projectos bem mais interessantes. Para o Terreiro do Paço não faz sentido fazer ajustes directos. Deverá ser um projecto estratégico para Lisboa, capaz de ponderar diversas soluções urbanísticas e arquitectónicas e dar espaço a uma forte participação pública. Deveríamos estar antes a discutir 20 projectos, debater ideias e conceitos de intervenção e não a perder tempo e recursos a tentar "limar" um projecto que tem (aos olhos de tantos) mais falhas do que glórias.
É esta a arquitectura que se faz por cá, em que os projectos são encarados como um slogan de promoção partidária, feitos a correr e em secretismo para chegarem sem muito alarido e muito brilharete às eleições (neste caso a obra deverá estar concluída a tempo de tirar fotografia nas comemorações do centenário da implantação da República - Outubro 2010). O culpado aqui, e em tantos outros casos, é o tempo(ou a falta dele). E é desta falta de tempo que vamos construído a cidade, sem serem entretanto tomadas em conta as suas reais necessidades.
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