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Quem chega ao largo da Anunciada, para subir o Elevador do Lavra, tropeça num carro estacionado.
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Vamos então ver o que se passa.
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Até agora, não se passa nada. É a Lisboa de sempre.
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Não passa nada, nada se passa.
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O que é isto? Obras? Mas ainda há pouco fizeram obras aqui!
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Isto realmente está um bocado degradado...
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É claro que ele há sempre recantos que nos levam ao velho Portugal que amamos.
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Pois é, parece que este edifício está em risco de nos cair em cima. E, para evitar que caia em cima do centenário ascensor, lá vão ter mesmo de mandar abaixo o prédio. Entretanto, fecha-se o Elevador do Lavra, para segurança dos utentes.
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Já começaram a cair coisas lá de cima. Se calhar, é um bocado temerário estarmos aqui. Qualquer dia a casa vem abaixo. E, claro, não podia faltar o alguidar em plástico azul.
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Adeus, velho amigo.
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1 comentário:
Falta mencionar um episódio grotesco que reflecte o estado de da mais pura das ignorâncias a que chegámos:
O elevador era movido antigamente a vapor, e a respectiva central ficava no que é hoje um edifício abandonado, meio sucata, que é propriedade privada e que foi vendido na mais pura das ignorâncias aqui há anos. A CML aprovou recentemente um projecto de demolição do edifício. O IGESPAR, essa celebérrima instituição que 'protege' o nosso património, disse 'sim', claro. Só não foi ainda abaixo por acaso. Brevemente irá, claro.
Ora havendo tanto material de exposição relacionado com elevadores e eléctricos, dado o historial do elevador do Lavra, MN (de que fazia aliás parte integrante o dito edifício da antiga central a vapor), não teria sido uma boa ideia manter-se o espaço como espaço museológico?
Não, nada disso, deite-se abaixo e construa-se uma coisita 'contemporânea'.
Ali ao lado (de que já deram conta ebem no SOS) existe a casa de Wenceslau, um portento de legado, a que Lisboa dedica, apenas, a rua mais pequena de Lisboa (transversal da Rua Artilharia 1 com a Rodrigo da Fonseca).
O mar de ignorância continua, colina abaixo, por aquele sem número de edifícios a cair, mais o esventramento que se prevê na colina do Ateneu, sob a égide, magnânima do 'Plano de Pormenor do Ateneu'.
Cá mais acima, a coisa continua nos palacetes do Torel, no próprio jardim, e vai Mártires da Pátria adentro, Instituto Bacteriológico, Câmara Pestana, daqui a uns anitos, Hospital São José.
Que fazer?
Abraços
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