segunda-feira, 13 de abril de 2009

O coiso.


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Na Rua das Janelas Verdes, no Largo José de Figueiredo, há este, bem, este coiso. Não é propriamente um «placard» nem um «outdoor», daqueles que inquietam o vereador Sá Fernandes. É simplesmente um coiso. Um «coiso», na linguagem do mobiliário urbano lisboeta, é um objecto-que-ficou-para-ali-esquecido. Não serve para nada. No Jardim Júlio de Castilho, havia um belíssimo coiso, todo partido e grafitado. O Lisboa SOS pediu para o tirarem, não o fizeram. Depois, pedimos para NÃO o tirarem. Tiraram-no, os desmancha-prazeres. Um outro belo exemplar de coiso é um «placard» com a carinha do candidato Fernnado Negrão. Ali a Entrecampos, na 5 de Outubro, junto à estação. Já tem um buraco no meio, está torto, enferrujado, no meio de um relvado esplendoroso. O que faz sobreviver os coisos é a absoluta incúria de quem faz e fiscaliza as obras. Por mais voltas que dermos à cabeça, tropeçamos num coiso e perguntamos: O QUE É QUE ISTO ESTÁ AQUI A FAZER?
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Tirámos uma fotografia à informação disponibilizada no coiso do Largo José de Figueiredo. Informação da Câmara? Informação da Junta? Informação do Museu de Arte Antiga? Nada. Mas os coisos são realmente muito informativos do ESTADO A QUE CHEGÁMOS. Se encontrar coisos, mande-nos imagens. Nós adoramos coisos.

1 comentário:

Bic Laranja disse...

Muito bem escritas, estas coisas. Completam muito bem o coiso. Cumpts.