sexta-feira, 17 de abril de 2009

O 25 da Rua Camilo Castelo-Branco.





Não tu não podias ficar presa comigo
à roda em que apodreço
apodrecemos
a esta pata ensanguentada que vacila
quase medita
e avança mugindo
pelo túnel
de uma velha dor
(...)
.







tu és da cidade onde vives por um fio
de puro acaso
onde morres ou vives não de asfixia
mas às mãos de uma aventura de um comércio puro
sem a moeda falsa do bem e do mal
.




















Nesta curva tão terna e lancinante
que vai ser que já é o teu desaparecimento
digo-te adeus
e como um adolescente
tropeço de ternura
por ti
.
Alexandre O'Neill

1 comentário:

Miffy disse...

Boa Tarde,

É uma pena que um edifício belíssimo, com características Arte Nova, tenha chegado a este estado de degradação.

Tanto mais que, este Imóvel, foi considerado de Interesse Público (tenho quase a certeza) pelo organismo competente. Logo que confirme, darei aqui nota.

A ser verdade o referido supra,é mais um a juntar a um rol deles que malgrado a Classificação de Interesse Público, o que existe na realidade é um Desinteresse Público por parte dos organismos competentes... ):

Pergunto-me: para que servem afinal essas classificações, se muitas das vezes nada é feito?!?

Um bem-haja a todos