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Lisboa SOS é um blogue rigorosamente apartidário. Nada tem de pessoal contra o vereador José Sá Fernandes ou contra o Instituto do Património (IGESPAR). Mas lá vamos observando o que se passa à nossa volta. Quatro partidos afixaram propaganda no Marquês de Pombal. O vereador quer tirá-los. Muito bem, achamos bem. O IGESPAR também acha bem. Diz que é uma «zona sensível da cidade», que o Marquês tem «características específicas». Muito bem. Mas, espera lá... Onde estavam o Zé e o IGESPAR quando a TMN colocou umas bolas gigantescas no Marquês de Pombal? Quando a Avenida da Liberdade foi fechada para fazer uma demonstração de Fórmula Um? Quando a Praça das Flores foi fechada para publicidade a uma marca automóvel? Quando o Terreiro do Paço foi invadido por bolas gigantescas da TMN? Quando o Saldanha foi inundado de bandeiras da Coca-Cola? Quando o Rossio, no Natal, foi ocupado pela publicidade às lotarias da Santa Casa? Quando a Praça de Espanha serviu de pasto a vacas para promoção do turismo açoriano? Desculpem, mas aí já não havia «zonas sensíveis da cidade»? Aí já não havia «características específicas»? Com a alienação de espaços públicos que fez na cidade, José Sá Fernandes é a ÚLTIMA PESSOA com moralidade para vir agora proibir cartazes no Marquês de Pombal. Ou ESTARÁ TUDO DOIDO?
2 comentários:
E fale na mão estendida do São Sung logo abaixo da gare de chegadas da Portela. Ou da Opel no telheiro terminal 2. Ou da publicidade à A.N.A. voltada para a 2ª circular (vendendo os seus serviços de aterragens e descolagens aos automobilistas?)
Está tudo doido, pois.
Cumpts.
Desculpem lá, mas cabe na cabeça de alguém uma cidade inscrita neste presente culturalmente definido pela apoteose da imagem, sem publicidade? Há lutas em que a boa intenção trai apenas um grande desinteresse real.
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