sábado, 7 de março de 2009

Terreiro do Paço: ainda existe?


Fotografia de Amédée Lemaire de Ternante. Chegada a Lisboa de D. Estefânea em 18 de Maio de 1858, pelas 12:00 horas. 7.8 x 9.3 in. / 19.8 x 23.6 cm.
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Amédée Lemaire de Ternante nasceu em França, em Chatillon-sur-Seine, provavelmente em 1821 e faleceu em data posterior a 1866. Conhecido sobretudo como pintor, da escola francesa, os seus quadros encontram-se em muitos museus de França e no Museu do Vaticano. Em 1858, acompanhou a princesa D. Estefânia a Lisboa, tendo anotado com precisão a data a que aportou ao Terreiro do Paço: 18 de Maio, cerca do meio-dia. Durante a sua estadia em Lisboa, fez um extenso levantamento fotográfico da cidade, que imprimiu em provas de papel salgado e albumina. O “Álbum de Fotografias de Lisboa”, 1858 de Amédée Lemaire de Ternante tem especial importância por se tratar de uma encomenda feita a um estrangeiro; faz parte da colecção “Alcídia e Luís Viegas Belchior”, pais do comerciante e coleccionador Luís Belchior a quem foi adquirido em Julho de 2006, pelo Centro Português de Fotografia/Ministério da Cultura com o apoio mecenático da Sonae e do BPI. Este entendimento financeiro, raro entre instituições públicas e privadas – no que concerne à fotografia -, foi crucial para a obtenção de património fotográfico nacional da maior importância.
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De facto, esta é uma da Praças mais bonitas de Portugal e, lamentavelmente, devido à incompetência daqueles que estão à frente dos destinos do país e da cidade de Lisboa, temos estado, nos últimos anos, privados de usufruir deste espaço que está permanentemente em obras e agora transformado num autêntico estaleiro. O Tejo não pode esperar, os munícipes estão fartos de obras no Terreiro do Paço. Será que as entidades implicadas nestas e em outras obras não se podem entender de uma vez por todas?
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Não é admissível que, acabadas as obras do Metro, alguém tenha deitado a mão à testa e gritado: «Olha, esquecemo-nos dos esgotos!». Só por essa descoordenação, alguém devia ser responsabilizado.
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Talvez fosse de pensar em cobrir a placa central da Praça com calçada portuguesa. Nada de muito complicado, algo de simples, em branco. É uma sugestão, a ponderar. talvez não fique bem, não sabemos. Mas é estranho que um dos traços mais característicos do urbanismo lisboeta, a calçada portuguesa, esteja ausente do espaço central do Terreiro do Paço. Mas, para fazer, era para aproveitar estas obras. PENSEM NA SUGESTÃO, NÃO DIGAM QUE NÃO AVISÁMOS.
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