sexta-feira, 27 de março de 2009

Dia Mundial do Teatro: o Teatro Luís de Camões.


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Tomaz Alcaide, Bibi Ferreira, Adelina Abranches, Mirita Casimiro...
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João Villaret, Procópio Ferreira, Armando Vasconcellos...
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Calçada da Ajuda.
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O edifício foi construído por João da Cunha Açúcar, dono de uma drogaria na Rua da Junqueira, com a ideia de o explorar como teatro. Inaugurado em 10/06/1880, por altura do 3º. Centº. de Camões, parece que não teve grande futuro como tal e ficou, depois de um processo de herança, fechado por alguns anos, mais precisamente até ao dia 2/2/1924. É nesta data que se instala então aqui o Belém Club, uma Associação formada por dissidentes do antigo Belém Recreio.
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O Belém Club terá sido fundado na Rua de Belém, em 1899 e mudou-se na data já referida para este edifício de que agora falamos, onde se tem mantido até hoje. Como em tantas outras colectividades recreativas de bairro, era aqui que se reuniam as famílias para conviver, dançar, fazer teatro ou música, comemorar datas festivas, jogar, etc. Também seria mais um daqueles locais onde, à época, se proporcionaram os namoricos dos jovens, sob o olhar atento e respeitável dos papás e mamãs!À medida que o tempo decorreu, com a evolução natural na vida , os hábitos de lazer das pessoas também se modificaram. Por outro lado, uma obrigatoriedade de obras na zona do palco e a habitual falta de meios e espera de subsídios, originou que, agora, a actividade no Club esteja bastante reduzida. Fazem-se, no entanto, aínda algumas exposições de arte e, por vezes ensaios e gravações musicais. Curiosamente, soubemos que foi ali feito aquele programa de grande sucesso na TV, o “Melodias de Sempre”, lembram-se?
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No átrio, no sítio onde existia o bengaleiro está agora um pequeno bar. Um pouco para a direita situa-se uma escadaria que leva ao andar superior. As paredes laterais estão cobertas com diversas placas que assinalam a passagem por aqui de grandes figuras do espectáculo já desaparecidas de entre nós: Procópio Ferreira, Alves da Cunha, Adelina Abranches, Tomás Alcaide, Mirita Casimiro, Luís Piçarra, João Villaret, e outros mais.
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Entrados na sala principal reparamos que pela sua configuração, é o que vulgarmente se designa por “um teatro à italiana”. Na plateia, algumas das cadeiras, dizem-nos, são ainda as primitivas. Os camarotes que rodeiam a sala, num plano superior, estão assentes em colunas de madeira e, são delimitados por um varandim em ferro forjado.
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(Texto adaptado do blogue do «Simecq.Cultura»).

1 comentário:

Miffy disse...

Boa Tarde,

Tinha muita curiosidade em relação a este teatro, pois moro relativamente perto e, passo por lá muitas vezes.

Tenho pena que seja pouco utilizado,especialmente atendendo a que na area em que está situado, existem poucos espaços lúdicos.

De qualquer forma, OBRIGADA, a quem publicou as fotos, pois se assim não fosse, nunca viria a vislumbrar o seu interior.