sábado, 7 de fevereiro de 2009

Sim, é possível. É possível não tapar os monumentos?


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De um leitor recebemos estas imagens, acompanhadas do seguinte comentário:
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A anunciada vontade da CML em proibir a instalação de propaganda eleitoral em espaços públicos de referência da capital tem de ser aplaudida. No entanto, essa proibição deve ser alargada para qualquer tipo de publicidade e para todas as áreas urbanas que integram a Carta Municipal do Património. Como se pode ver pelas imagens do Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular, muitos monumentos de Lisboa passam grande parte do ano parcialmente obstruídos com equipamentos para instalação de publicidade. Tal como referiu o Vereador Sá Fernandes, «é essencial garantir a protecção de vistas».
Mas atenção para as praças e avenidas em zonas históricas mais recentes que também precisam de ser abrangidas por esta regulamentação.
Uma das vítimas crónicas é a Alameda Dom Afonso Henriques, cujos eixos de vistas estão sistematicamente bloqueados por cartazes com propaganda política e comercial. Como é possível a CML autorizar cartazes no meio do relvado central a tapar a visão da Fonte Luminosa?
Outro caso lamentável é o eixo de perspectiva da Avenida de Roma que, no seu topo sul, termina abruptamente num descarado ecrã digital para publicidade em vez do maciço de árvores da Praça de Londres. Igualmente a antiga Praça do Areeiro, remate urbano de três importantes avenidas (Almirante Reis, Gago Coutinho e João XXI) precisa de cuidados especiais. Esta ainda é uma das entradas principais da capital para quem vem do aeroporto internacional - mas frequentemente estão aqui instalados cartazes de propaganda política (está lá um neste momento). É pois urgente implementar a proibição de cartazes em imóveis e/ou áreas urbanas referenciadas na Carta Municipal do Património - como são todos os exemplos referidos. Não é possível tolerar mais estes atentados contra o património!

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