quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Lenços de Namorados.


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Símbolos maiores de histórias de amores e desamores, a origem dos “Lenços dos Namorados" remonta aos séculos XVII–XVIII, primeiro chamados de "Lenços Senhoris" (porque terão surgido no seio dos salões senhoris da época), mais tarde adoptados e adaptados pelas mulheres do povo, que lhe conferiram características marcadamente populares.
Com os conhecimentos de ponto de cruz – adquiridos durante a infância – a moça em idade casadoira bordava o seu lenço, com as quadras e as simbologias que brotavam da sua imaginação. Neste trabalho estavam presentes valores que eram caros a jovens em idade de casar, tais como a fidelidade, dedicação, amor e/ou amizade...
Eram semanas ou meses de trabalho na elaboração de um lenço, lenço que poderia marcar ou não, o inicio de um namoro, consoante a reacção publica do “namorado” ou “conversado”, isto é conforme ele usasse ou não o lenço...
Com o passar do tempos, algumas alterações de vulto vieram a ocorrer na concepção dos “Lenços dos Namorados”: a introdução de novas cores, de pontos mais fáceis de bordar, e a introdução de testemunhos de acontecimentos marcantes em determinadas épocas
O Minho surge como a região por excelência dos Lenços dos Namorados, sendo no entanto em Vila Verde que surgiu a mais importante recuperação desta arte, através da Aliança Artesanal, entidade com a qual a “A Arte da Terra”, realizou nos ultimos anos, algumas das maiores exposições do tema em Portugal.
A exposição está patente ao público de 26 de Janeiro a 28 de Fevereiro de 2007, na Rua de Augusto Rosa, nº 40 (ao lado da Sé) em “A ARTE DA TERRA”, um espaço dedicado às Artes e Ofícios Tradicionais Portuguesas, mesmo no coração histórico de Lisboa. De 3ª a Domingo das 11h às 20h.
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