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Ao irmos ao Largo de Santa Bárbara, encontrámos a Igreja de Nossa Senhora do Resgate.
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Mesmo em frente, uma instituição mais profana.
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Entrámos, o coro ensaiava. Meia-dúzia de paroquianos, de idade avançada.
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Respirava-se paz. Mas também alguma tristeza. O sentimento de que isto vai desaparecer. Ou não?
O tecto, esse, vai desaparecer. Se não lhe acudirem rapidamente.
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Senhor Jesus dos Perdidos. Numa zona de Lisboa cheia de almas perdidas. Quem as resgatará?
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A entrada. Ou saída.
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Descemos as escadas até ao Regueirão dos Anjos.
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O cheiro é nauseabundo. As escadas são a casa de banho dos sem-abrigo e dos toxicodependentes que por aqui vagueiam.
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A arquitectura envolvente também não ajuda.
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O Regueirão dos Anjos. Uma zona complicada. Já foi mais. Mas ainda o é. Não passeie por aqui descuidadamente.
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Lisboa, como todas as cidades, tem destas coisas extraordinárias. No interior da igreja, um grupo de idosos entoava cânticos. Nas traseiras da igreja, a poucos metros, um grupo de jovens fumava haxixe entre seringas e outras coisas mais. Uns e outros são cidadãos de Lisboa.
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E, assistindo a tudo, serenos e silenciosos, os velhos prédios continuam a tombar lentamente.
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