Património Mundial da Desumanidade.

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Esta manhã não foi fácil apanhar o autocarro na paragem do Terreiro do Paço. Sobrelotado. De coisas.
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Assim se vive nas arcadas do Terreiro do Paço. Isto é Lisboa, mesmo no início de um novo ano.
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Repare bem na sucessão de camas improvisadas, na quantidade de teres e haveres.

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Hoje não vamos falar da «questão social». O problema que nos traz é outro: no centro dos centros da capital, na praça que se diz a mais nobre da cidade de Lisboa, o espaço público foi ocupado desta forma. Não entremos na discussão sobre os sem-abrigo, a exclusão social, o que for. Agora, o que importa dizer é o óbvio: o espaço público não pode ser ocupado desta forma. Isto é uma desgraça de todos. De todos. De quem passa e de quem ali vive.