Ao subir o Alto do Varejão.
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Nasceu em Lisboa. Há quanto tempo? Não se pergunta.
Nasceu no Alto do Pina. Viveu na Curraleira.
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Mas há muitos anos está aqui. Dezenas de anos. No nº 28.
Quis-nos mostrar onde vive.
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Ou, se quiserem, como vive.
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Uma família.
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Quatro filhos morreram. Uma, afogada. Outra, de cancro. Os rapazes, da «doença da moda», diz eufemisticamente Gandelina Damião.
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A sala.
Pediu desculpas por morar onde mora.
A sala.
Já o dissemos: uma família.
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A sala.
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Tentou arrumar a mesa da sala. Em vão.
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A cozinha.
A cozinha.
A cozinha.
Um quarto.
Um quarto.
Um quarto.
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Gandelina Damião estava com pressa. É mulher a dias. E hoje é sábado, dia de trabalho.
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1 comentário:
As làgrimas que não me deixam!!
Raio de sociadade,fui eu de forsa para a tropa defender o indefendavel
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