quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Filosofia e alterações climáticas na Cidade Universitária.

Um dia de sol de Inverno na Cidade Universitária. Os muros apelam à revolta. Faixas negras anunciam a venda da Faculdade de Direito. Os automóveis descansam em cima dos passeios ou comem o pó da terra batida. Os alunos, do Colégio Moderno à Faculdade de Letras, exibem a confiança própria da juventude.



O Bloco de Esquerda interroga-nos ontologicamente: «O governo protege os banqueiros. E quem protege as pessoas?»



Proposições:
a) os banqueiros não são pessoas;
b) o Bloco de Esquerda quer proteger as pessoas;
c) Carmona Rodrigues votou contra o orçamento participativo;
d) ninguém protege Lisboa.

Entretanto, num inesperado desenvolvimento provocado pelas alterações climáticas, constroem-se «iglus» no relvado da Cidade Universitária.

2 comentários:

Bic Laranja disse...

e) os juros baixos são um roubo menor.

Fernando Maurício disse...

O que se devia perguntar é o que fazem aqueles dois enormes paineis publicitários a meio do relvado da alameda da Universidade?
já não chega o ar chungoso, a terra batida, os acessos impossiveis para quem tem pouca mobilidade, o estacionamento selvagem e a mediocridade alarve das praxes, mais as festas da cerveja?
Aquilo nem parece um campus universitário. É mais um exemplo do urbanismo da Carta de Ranholas. Ai! que nem tudo isto deve ser triste! Nem tudo isto deve ser Fado!