quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Belém. Continuamos a bater no fundo.


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Já aqui havíamos mostrado que na FRONTARIA do Mosteiro dos Jerónimos (sim, leu bem) alguém resolvera alegremente montar uma cama improvisada em cartão.
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Pois agora já são DUAS camas em cartão. A coisa está a virar condomínio de lixo.
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Repare, olhe bem, reveja: em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, é este o espectáculo que Lisboa oferece.
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Os responsáveis e funcionários destas instituições, o Mosteiro e o Museu de Arqueologia, não notam?
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Os empregados da limpeza não reparam neste copo «McDonald's»?
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O pároco, a Junta de Freguesia, a polícia, ninguém vê?
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E o que mais dói é que limpar isto não nos parece que custasse muito dinheiro. Se for necessário, avisem-nos. Em 5 minutos, nós limpamos.
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Ainda que, limpar por limpar, quem deveria ser limpo é mesmo quem fecha os olhos a um espectáculo destes. É preciso o quê? Montar uma tenda de campismo? Já montaram: no Miradouro de Santa Catarina. Montar uma barraca de comes e bebes? Já montaram: no Terreiro do Paço. Eleger autarcas incompetentes? Também já o fizeram. Falta o quê? Como é possível ir mais longe? Ou mais fundo?
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Não venham com cenas sobre o claustro e o manuelino, conversa da treta sobre o túmulo de Camões e a gesta dos Descobrimentos. Antes, descobríamos o Brasil. Agora, nem um bocado de cartão somos capazes de descobrir?
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E, entretanto, a poucos metros os turistas passeiam alegremente. Pudera, não vivem cá.


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Ao sol de Outono, Belém permanece com comboizinhos de passeio, camionetas que descarregam milhares de turistas aluados, pastéis de nata acabadinhos de fazer (quer canela e açúcar?), carros de cavalos com anúncios ao Portugal Wine. Tudo bem. Mas, quanto ao dormitório de cartolina, tudo mal. Para si, que viu estas imagens, com que sensação ficou? Vai limitar-se a ver e a pensar «cá estão estes do Lisboa SOS a dizer sempre mal»? Nós mostrámos. A partir de agora, a responsabilidade de existir um monte de lixo no Mosteiro dos Jerónimos TAMBÉM É SUA.
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1 comentário:

odete pinto disse...

É/são sem-abrigo, mas não são parvos. Até têm um foco de luz ao pé da cama!

Trabalho? claro que ninguém vê nada.
Nem lixo va´rio e sacos de plástico (mais lixo) à porta de entrada de visitantes no Palácio da Ajuda, nem em lado nenhum.