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O balneário municipal da Rua Gualdim Pais nasceu nos anos 50. O banho vulgarizava-se então, mas as casas dos lisboetas não acompanhavam os novos hábitos. É certo que os banhos municipais já tiveram muito maior procura. Mas basta andar um bocadinho na rua para perceber que continuam a ter razão de existir.
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.O que não se percebe é o que sucedeu neste balneário para ficar neste estado. Vamos pedir um estudo de impacto ambiental, mas é duvidoso que tudo isto resulte do efeito da espuma do gel sobre os azulejos. Talvez seja ainda por causa do sabão azul e branco. Do sabonete de alcatrão e de enxofre. Se calhar, usavam champô de cerveja. Não sabemos. Mas que tudo isto resulte do acto de uma qualquer alma penda se aspergir com essências do bosque sobre si é algo que não aceitamos.
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Seja como for, o balneário da Gualdim Pais acordou assim e não há Palmolive que lhe valha. Até o Lux, sabonete das estrelas, não aparece por aqui há algum tempo. Contudo, se algum lisboeta se distrair e vier cá à procura de banho não se pode dizer que fique de mão a segurar a toalha. Basta ler o aviso e seguir os conselhos do presidente da Junta. E assim lá vai ele rumo ao balneário da Quinta do Ourives.
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Para um balneário, não estamos mal.
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1 comentário:
Se a este balneário juntarem as casas-de-banho públicas desactivadas e abandonadas que há por Lisboa, a lista será bastante extensa. Dois exemplos : Praça José Fontana e Jardim do Campo Grande. Já agora aproveitem e vão dar uma olhadela à Piscina do Campo Grande... abandonada, decadente, destruída... ainda há três ou quatro anos atrás estava a funcionar. Além da valência de piscina num espaço privilegiado do centro da cidade, é um excelente exemplar de arquitectura modernista portuguesa. Entre ter aquilo assim e alugá-lo a privados que, como piscina, como esplanada, como café-concerto, etc, etc lhe pudesse dar dignidade, a CML prefere prolongar o abandono e a degradação.
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