Estes prédios de gaveto, que dão carácter a várias ruas...é para chorar. IGNORANTES...
Claro que o Nandinho viveu aí... Estou a imaginar o Nandinho, menino, traquinas, rabujento, a dar pontapés nas canelas das "sopeiras" lá de casa... Aquele nandinho giro, vestido, de uniforme à "marinheiro", a ir para o colégio, de pó-pó americano. Aos domingos ia à missa, acompanhado da vó-vó, de fatinho de veludo e de camisa com o colar rendilhado.O Nandinho, já daqueles, miúdos, "piçudos" ainda as criadas lhe davam banho... O Nandinho, cresceu, como todos os putos da sua época. De tantos mimos que lhe foram dados, ficou, literariamente, um "brutinho", pela vida adulta. Nunca vergou a mola e lá foi vivendo à conta das barbas dos "velhotes". O velhotes partiram para o cemitério dos Prazeres e o Nandinho ficou só no mundo... Começou a empenhar no "prego" as joias da avó, da mãe e o relogio de ouro do pai. O Nandinho, vendeu os prédios herdados. O Nandinho deixou de ter amigos e hoje (coitado dele) é um dos sem abrigo que vagueiam por Lisboa.É a vida triste do Nandinho e de outros, Nandinhos, que nasceram num berço de ouro e acabaram na "merda".
Enviar um comentário
2 comentários:
Estes prédios de gaveto, que dão carácter a várias ruas...é para chorar. IGNORANTES...
Claro que o Nandinho viveu aí...
Estou a imaginar o Nandinho, menino, traquinas, rabujento, a dar pontapés nas canelas das "sopeiras" lá de casa...
Aquele nandinho giro, vestido, de uniforme à "marinheiro", a ir para o colégio, de pó-pó americano.
Aos domingos ia à missa, acompanhado da vó-vó, de fatinho de veludo e de camisa com o colar rendilhado.
O Nandinho, já daqueles, miúdos, "piçudos" ainda as criadas lhe davam banho...
O Nandinho, cresceu, como todos os putos da sua época.
De tantos mimos que lhe foram dados, ficou, literariamente, um "brutinho", pela vida adulta.
Nunca vergou a mola e lá foi vivendo à conta das barbas dos "velhotes".
O velhotes partiram para o cemitério dos Prazeres e o Nandinho ficou só no mundo...
Começou a empenhar no "prego" as joias da avó, da mãe e o relogio de ouro do pai.
O Nandinho, vendeu os prédios herdados.
O Nandinho deixou de ter amigos e hoje (coitado dele) é um dos sem abrigo que vagueiam por Lisboa.
É a vida triste do Nandinho e de outros, Nandinhos, que nasceram num berço de ouro e acabaram na "merda".
Enviar um comentário