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Lisboa S.O.S. apinocou-se, pôs fato e gravata, e esteve nas Noites de São Bento. Uma vez mais, esta iniciativa animou as algo tristonhas noites de Lisboa nos dias 25, 26 e 27 de Setembro do corrente. Os comerciantes desta rua da capital uniram-se numa associação, a ACRSB (Associação de Comerciantes da Rua de São Bento), com o propósito de tornar esta artéria mais atractiva. Foi neste contexto que a Galeria de Arte Yron convidou 5 artistas para expressarem o que lhes ia na alma, embelezando imóveis devolutos e entaipados na Rua de São Bento. Artistas escalados: Ficto, Fidel, JAE 12 macacos, Sensible, Target, Kenor, Lig, Uber e Ram.
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As intervenções artísticas sobre este tipo de imóveis (devolutos ou em degradação) é assim a modos como que varrer o lixo para debaixo do tapete. Contudo, é uma iniciativa louvável. Bem, louvável, louvável... que se lixe, é uma coisa mais ou menos, adiante. Que a rua é comprida.
As intervenções artísticas sobre este tipo de imóveis (devolutos ou em degradação) é assim a modos como que varrer o lixo para debaixo do tapete. Contudo, é uma iniciativa louvável. Bem, louvável, louvável... que se lixe, é uma coisa mais ou menos, adiante. Que a rua é comprida.
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Como não tínhamos categoria para estar nas «Noites de São Bento», um amigo nosso do Poço do Borratém orientou-nos 4 entradas para a sessão do dia, que é mais em conta.
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A língua lúbrica daquele parvalhão só mostra que, por vezes, o grafito ganha vida. Mas não devia. Porco.
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O 225..
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Lisboa, não sei se já repararam, está a tornar-se um imenso «placard» de publicidade. Um «outdoor» gigantesco, cada vez com menos almas, mas, em contrapartida, com anúncios bué da fixes. Os nossos criativos competem entre si pela piadola mais vulgar e brejeirolas, desde a do «refrigerante com tomates» (com Marisa Cruz, lembram-se?) até à «rapidinha» de uma conhecida marca de cerveja. Perante tanta boçalidade publicitrária, que nostalgia da casta candura do «Licor Beirão, Licor de Pooooortugal!!!».
A carreira que leva os Senhores Deputados aos respectivos círculos eleitorais. Aproveitamos a oportunidade para lavrar o nosso protesto. Para quando Moimenta da Beira, capital de distrito? Sim, para quando?
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Feitas as contas, há quem diga que a Rua de São Bento, os seus comerciantes e os seus moradores estão de parabéns. Perante uma situação que lhes diz respeito, puseram mãos à obra. Ou arranjaram alguém que pusesse a mão no pincel que pintou o imóvel, com autorização do proprietário. A facção mais conservadora de Lisboa SOS discordou. Se fizessem isto a todas as ruas, como ficaria a cidade? Houve confrontos, disputas, agressões verbais. Duríssimas refregas. Chegámos quase ao limite da violência física, tal a paixão que colocamos no bem servir os nossos leitores. Consenso final: os leitores estimados que julguem e decidam. Afinal, num palácio desta Rua de S. Bento ele há gente que ocupa as tardes a decidir coisas bem menos importantes. Decidam e informem-nos. Obrigados.
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2 comentários:
Que nojo de cidade.
Ups!... Grande sapo.
Então não é que, afinal o grafitti também pode ser um instrumento de revitalização das cidades.
Que surpresa.
Afinal, à semelhança de outras cidades, como Londres, Berlin, Barcelona, Amsterdão (só para falar em algumas, poucas, na Europa) os cidadãos, comerciantes e galeristas valorizam esta forma de expressão e utilizam-na para promover a sua cidade. Basta uma visita à secção de livros de design de uma FNAC qualquer.
PS - A foto do Grafitti com a senhora a "varrer para baixo do tapete" pertence a um Artista britânico que, com aquela mesma imagem, "remisturou" uma obra do famoso e milionário Damien Hirst, entretanto vendida em leilão por uns valentes milhares de libras.
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