A onda de criminalidade violenta não pára. Os homicidas não dão tréguas. Lisboa SOS anuncia, em primeira mão, o bárbaro assassinato de dois cidadãos de nacionalidade belga. Os cadáveres, em bom estado de composição, foram encontrados no topo do Panteão Nacional. Civicamente, contactámos a Polícia Judiciária. Do outro lado da linha, o cúmulo da boçalidade: «É pá, se estão no cimo do Panteão é só mandá-los para baixo, que há lá muito lugar para eles». Um sinal de desrespeito pela vida humana. Um sinal de desrespeito pelo património nacional. Um sinal de desrespeito pelos nossos maiores, cujos restos mortais se encontram depositados alguns metros abaixo do local onde foram captadas estas imagens, decerto impróprias para leitores mais impressionáveis mas imprescindíveis para compreender fenómenos como o crime transfonteiriço, a violência urbana e o facto de Herman José apresentar a «Roda da Sorte».
Transportados os corpos para o Instituto de Medicina Legal, o diagnóstico do médico legista foi ainda mais surpreendente, pela vulgaridade: «Isto nem vale a pena abri-los. Foi da sardinha, vê-se logo, ainda no outro dia um cunhado meu também se deu mal com os pimentos assados. O Jorge dá-se muito mal com os pimentos, ficou a tarde toda a conversar com eles, um horror. Coitado do Jorge». Coitado do Jorge?! Só por ser cunhado?! E este simpático casal belga, a Céline e o Martin Dion, não são ninguém? Coitado do Jorge?! Francamente.
1 comentário:
Santana Lopes pondera candidatura em Lisboa. Herman José apresenta a Roda da Sorte. Uma pessoa não está segura em lugar nenhum. Nem em casa.
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