À revista «Vip», de 12.06.2004, a conhecida filosófa pós-moderna Bárbara Guimarães afirmava, modestamente: «Onde quer que a cultura esteja, eu estou lá».
Pois a cultura está no Castelo de São Jorge. Na Rua Bartolomeu de Gusmão, mais propriamente.
«Nobre povo», uma contradictio in terminis. Ou é nobre, ou é povo. No meio, ensaduichado, ele há o clero e Lili Caneças. Mas, tirantes esses, ou se é nobre ou se é povo.
Encontrámos o Engº Luís Vaz de Camões com a sua secretária, numa furtiva vinda a Lisboa. Este quadro superior do Grupo Sonae, residente em Gaia, deixou-se imortalizar numa fotografia histórica, na companhia da sua secretária pessoal, a senhorita Carolina Salgado, SGPS. Um devaneio de quem visita a capital pela primeira vez. Gesto impensado, senhor engenheiro, gesto impensado. E de consequências imprevisíveis para a sua estabilidade matrimonial e financeira.
Num curioso cruzamento histórico, vulgarmente conhecido por «monumental anacronismo», o traje de Camões surge agora a par de um imaculado hábito da mui nobre Ordem do Templo. É só um pontapé na cronologia de para aí uns 2oo anitos, para mais que não para menos. E tu ficas-te Bárbara? Bárbara, cativa que me tens cativo, como dizia o autor de «Ode Marítima», o conhecido José Carlos Ary dos Santos.
Até nos vem ao caminho a saudosa Rainha Ginga, aqui encarnada pela cantora Sara Tavares. Mas, de Bárbara Guimarães, nada. «Onde quer que a cultura esteja, eu estou lá»?! São frases destas que fazem propagar o Síndrome do Pano Encharcado. Não era mesmo um pano encharcado que ela estava a pedi-las?
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