segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Um pouco mais de azul.

Quando eu morrer batam em latas,

Rompam aos saltos e aos pinotes,

Façam estalar no ar chicotes,

Chamem palhaços e acrobatas!


Não, não estou para mais - não quero mesmo brinquedos.

Pra quê? Até se mos dessem não saberia brincar...

Que querem fazer de mim com este enleios e medos?

Não fui feito pra festas. Larguem-me! Deixem-me sossegar...

Corro em volta de mim sem me encontrar...

Tudo oscila e se abate como espuma...


A minha vida sentou-se

E não há quem a levante,

Que desde o Poente ao Levante

A minha vida fartou-se.



Por isso a sensação em mim fincada há tanto

Dum grande património algures haver perdido;

Meses depois, as gazetas

Darão críticas completas,

Indecentes e patetas,

Da minha última obra...


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