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Fialho de Almeida, na Ilustração Portuguesa de 1906, escrevia sobre o Palácio Mayer: “Tem essa casa um pedaço de Parque marginando o jardim da Politécnica, e houve falas de vir a ser adquirido pela Câmara, o que não teve lugar por uma diferença ridícula de vinte ou trinta contos (...)”. O edifício é hoje o Consulado Geral de Espanha. Os jardins viriam a ser adquiridos por um grupo de comerciantes, encabeçado pelo empresário teatral Luís Galhardo, que formaria a Sociedade Avenida Parque em 1921.
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O Parque Mayer abriria as suas portas em 1922. A sua primeira casa de espectáculos foi o Teatro Maria Vitória, que inaugurou a 1 de Julho com a estreia da revista “Lua Nova”, de Ernesto Rodrigues, Félix Bermudes, João Bastos e Henrique Roldão e música de Alves Coelho. Seguiram-se outros êxitos, como: “Fado Corrido” (1923), “Resvés” (1924), “Rataplan” e “Foot – Ball” (1925) e “O Às de Espadas” (1926).
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Em 1926, é inaugurado no mesmo espaço o Teatro Variedades, com a revista “Pó de Arroz”, da parceria Gregos e Troianos (Ernesto Rodrigues, Félix Bermudes, João Bastos, Alberto Barbosa Luís Galhardo e Xavier de Magalhães). Música de Tomás Del Negro e Raul Portela.
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Em 1956, estreia no Teatro ABC “Daqui fala o Zé” de Fernando Santos e Eduardo Damas e música de João Vasconcelos e Manuel Paião. No mesmo ano, pôde assistir-se naquela sala às revistas: “Haja Saúde”, “Já vais aí” e “Muitas... e Boas”.
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Em 1931, havia sido inaugurado o cinema Capitólio, da autoria do arquitecto Luís Cristino da Silva, que também foi o autor da entrada do Parque que ainda hoje subsiste. A revista só estrearia no Cinema Capitólio em 1960, com “A Vida é Bela” de Fernando Santos e Nelson de Barros e música de Frederico Valério e Fernando Carvalho.
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No ano de 2023, estreia-se no mesmo espaço, completamente remodelado, a revista "Porreiro, pá", com letras de Pedro Santana e música, muita música, de Frank O. Gehry. Artistas convidados: José de Sousa e Manuel Barroso.
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