Os azulejos do quiosque.
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O Rochedo
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A Onda
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O Búzio
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A Gaivota
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O Mar
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A Areia
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O Jardim Roque Gameiro, na Praça Duque da Terceira (Cais do Sodré), encontra-se no estado que as imagens documentam. Nem mais, nem menos. Nem pior, nem melhor. Simplesmente péssimo.
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«Ao Leme», escultura de Francisco Santos inaugurada em 1915, testemunha o que faz falta a este jardim.
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O que faz falta?
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Faz falta libertar o Homem do Leme. Ele está ali desde 1915. Já deu provas de que não vai fugir. Tirem-lhe as grilhetas, dêem-lhe uma pulseira electrónica, mas acabem com isto.
Faz falta libertar o Homem do Leme. Ele está ali desde 1915. Já deu provas de que não vai fugir. Tirem-lhe as grilhetas, dêem-lhe uma pulseira electrónica, mas acabem com isto.
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Faz falta que seja recuperado o quiosque que serve actualmente de posto de atendimento da Carris. Trata-se de um quiosque idêntico aos que se encontram no Parque Silva Porto (Benfica), no Poço do Bispo e ainda no Jardim Constantino, todos decorados com azulejos Arte Nova da autoria de José Pinto. Neste quiosque do Jardim Roque Gameiro, do que julgamos terem sido originalmente oito painéis já só restam seis. E incompletos.
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Faz falta uma alternativa ao ar condicionado instalado no quiosque.
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Faz falta recuperar e pintar o outro quiosque, mais pequeno, existente no Jardim.
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Faz falta um chafariz que funcione.
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Faz falta uma alternativa ao ar condicionado instalado no quiosque.
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Faz falta recuperar e pintar o outro quiosque, mais pequeno, existente no Jardim.
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Faz falta um chafariz que funcione.
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Neste espaço, onde é possível encontrar alguns exemplares de lódão, jacarandá e tipuana, faz falta limpar os canteiros e regar a relva - ou o que dela persiste e resiste.
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Faz falta voltar a plantar árvores, sobretudo nos locais onde elas já existiram.
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Alfredo Roque Gameiro (1864-1935). Mestre aguarelista. Admirável pintor de costumes da Lisboa de outras eras. Galardoado com a Medalha de Ouro de Mérito Municipal. Não merecia isto.
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Quantas vezes já passou no Cais do Sodré? Quantas pessoas passam por dia no Cais do Sodré? Quantas pessoas reparam na grilheta que acorrenta o Homem do Leme? Quantas notam o desaparecimento de azulejos Arte Nova em pleno centro de Lisboa?
Andamos demasiado apressados e demasiado distraídos. Talvez porque assim, entre a pressa e a distracção, consigamos não ver aquilo que, de facto, não queremos ver. Porque nos incomoda, porque nos interroga. Pergunte-se: é esta a Lisboa onde quer viver? Se não é, faça qualquer coisa. Nós fizemos este blogue.
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