quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Avª 5 de Outubro



2 comentários:

Rui Fonseca disse...

Caros Amigos,

Permitam-me que vos trate como amigos, sempre ouvi dizer que amigo do meu amigo, meu amigo é.

A 16 de Fevereiro de 2007 enviei para alguns dos blogs com mais notoriedade o texto que a seguir transcrevo e, relativamente ao qual, só posso acrescentar que a resposta foi nula.

É, portanto, com muita satisfação que vejo que a ideia fazia sentido e tudo farei para divulgar o vosso trabalho.

Devo acrescentar que as fotografias que publiquei em diversos post no blog http://aliastu.blogspot.com tinham sido tiradas quando o digital ainda não tinha aparecido.

De qualquer modo, o album tem cerca de um milhar de fotografias que poderei dispensar se acharem interesse nisso.

E melhor sorte!

Se, como merece, o vosso blog tiver o impacto que todos desejamos, expandam o seu âmbito a Portugal. Lisboa é apenas a amostra mais alargada de um país abandonado. Não só nas cidades. Também nos campos.

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QUE CADA QUAL FAÇA O QUE PODE

Caro(s) amigo(s),


Há mais de seis anos (mais precisamente em Outubro de 2000) era criado um “site” chamando a atenção para as casas abandonadas de Lisboa (degradadas e devolutas). Foi, portanto, um dos primeiros na blogosfera portuguesa: http://www.lisboa-abandonada.net.

O seu autor, que na altura se encontrava a finalizar o doutoramento em física nos EUA, quando vinha a Lisboa deu-se ao trabalho de um levantamento fotográfico de grande parte dessas casas ao abandono. O “site”, para além das fotografias ordenadas por freguesias e localização na planta topográfica, passou a conter muita informação sobre esses prédios, um fórum de discussão dos problemas relacionados com o urbanismo, e muitas ligações a outros “site” de informação geral sobre Lisboa. Mais tarde, passou a divulgar as casas, entretanto, recuperadas.

A ideia mereceu divulgação em alguma Imprensa (nomeadamente do Público e do Expresso) e da RTP (canal 2).

Talvez por se mostrar contrário a alguns interesses ou fosse incómodo para alguns políticos, o certo é que, passados três anos, foi vítima de vandalismo dificilmente reparável, desmotivando o autor que, entretanto tinha passado a trabalhar fora do país.

Alguns amigos do “site” continuaram ainda a tentar segurar as pontas de um tecido esfrangalhado, mas o “site” estava condenado a desaparecer. E desapareceu, recentemente, o que restava.

Vem tudo isto a propósito da recente notícia acerca da intenção do presidente da câmara municipal de Lisboa vender ou alugar cerca de 4000 prédios que se encontram devolutos. Parece, contudo, que a ideia não foi aplaudida pela oposição e vai ser criado um grupo de trabalho. O mesmo é dizer que os tais prédios vão continuar a apodrecer.

Invoca a oposição que os prédios na sua maior parte estão sem condições de habitabilidade. Trata-se de uma descoberta redundante uma vez que é precisamente por falta de condições de habitabilidade que se encontram devolutos, a apodrecer e a colapsar de vez em quando.

A questão que se coloca, então é esta: Vai a câmara recuperar os prédios e só depois vendê-los ou alugá-los? Certamente que não. Não o tendo feito até agora, não é esperável que o faça no futuro. A câmara tem problemas e déficit a mais para poder dedicar-se à actividade de senhorio escrupuloso. Depois os escândalos que têm inundado a EPUL deveriam ser motivo mais que suficiente para a câmara deixar de se dedicar à construção civil.

Não sendo eu nem inquilino nem senhorio, nem nenhum dos meus filhos seja candidato a qualquer destes prédios, até porque vivem ambos no estrangeiro e não vislumbro condições que os possam atrair a voltar, apenas me movem as mesmas preocupações que levaram o autor de “Lisboa abandonada” a dedicar uma parte importante do seu tempo a chamar a atenção dos lisboetas para a cidade em que habitam ou trabalham. Também não tenho interesses directos ou indirectos em qualquer actividade de construção civil, ou outra qualquer complementar ou acessória. Nunca fui nem serei membro de qualquer partido político.

Tenho um blogue que é um entretenimento de ginástica mental Mas tem pouca visibilidade. Acerca desta causa faço nele o que posso.

Lembrei-me, pelas razões que enchem este arrazoado, de o convidar a participar com o seu “blogue” numa campanha bloguística que possa decididamente levar a recuperar a cidade e atrair residentes. Que tornem Lisboa uma cidade de atracção e não de repulsão para a a periferia. Que obriguem a câmara a entregar a alguém que faça aquilo que ela não consegue, e talvez não deva, fazer.

Tenho comigo mais de mil fotografias. A qualidade não será a melhor. Além disso não são digitais. Mas se de algum modo entender que para o efeito servem, agradeço que me diga. Da qualidade dessas fotografias (e da falta dela) poderá ter uma ideia consultando
http://aliastu.blogspot.com


Por amor a Lisboa

Ana Assis Pacheco disse...

A esperança só morre depois de nós.
Vamos à luta ! A cidade é nossa.