Polícia cerca Bairro Alto na noite de sábado
A habitual azáfama e animação vividas no histórico Bairro Alto, que durante as noites de fim-de-semana é invadido por milhares de pessoas à procura de diversão nos muitos bares e discotecas ali existentes, foi ontem interrompida com uma megaoperação policial.
Por:João Tavares/Lurdes Mateus
Ao todo, foram detidas quatro pessoas, entre os 25 e 34 anos. Uma estava na posse de várias doses de haxixe, outra tinha uma arma branca (faca tipo borboleta) e dois estavam ilegais em território nacional. Quatro menores de idade, um de 14 e três de 15 anos, foram entregues a familiares.
A operação teve início pelas 00h00 de ontem e envolveu cerca de uma centena de agentes da 1ª Divisão da PSP, bem como inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Rua a rua, os agentes foram procedendo a vários controlos, identificando, ao todo, 522 pessoas. As autoridades tiveram mesmo de conduzir 43 cidadãos até à sede de Divisão, de modo a proceder à identificação das mesmas. Dessas, sete em situação ilegal foram notificadas para abandonar o território nacional de forma voluntária, e cinco foram notificadas para comparecer no SEF.
Tendo como objectivo a detecção de droga, armas brancas e de cidadãos em condição ilegal, bem como de suspeitos da prática de vários crimes, esta acção policial percorreu ainda, até às 07h00, as também concorridas zonas do Cais do Sodré e Chiado.
Os vários agentes que estiveram no local condicionaram o acesso a certas ruas, controlando as pessoas que nelas estavam. Vários jovens foram encostados às paredes, revistados e identificados. A inesperada operação causou a curiosidade de muitos noctívagos, enquanto outros reclamavam por não os deixarem circular livremente.
Os quatro detidos serão presentes durante o dia de hoje no tribunal de Pequena Instância Criminal, no Campus de Justiça, em Lisboa, para aplicação de medidas de coacção.
DISCURSO DIRECTO
"HÁ CONSUMO EXCESSIVO DE ÁLCOOL": Maria Dantier, Subcomissária da PSP
Correio da Manhã - Porquê esta operação no Bairro Alto?
Maria Dantier - Porque é uma zona de diversão nocturna onde afluem milhares de pessoas e é palco de alguns ilícitos criminais, como os furtos e roubos com recurso a armas.
- É uma zona problemática?
- É sensível. É uma zona histórica, ruas estreitas, elevada concentração de bares onde o consumo de álcool é manifestamente excessivo, tornando as pessoas em alvos fáceis.
- Controlaram algum ponto em especial do Bairro Alto?
- Sim, os que consideramos mais sensíveis. Como a entrada e saída de pessoas das lojas de conveniência, que compram cervejas de litro em garrafas de vidro, que podem ser utilizadas como armas.
PSP ENTREGA QUATRO MENORES A FAMILIARES
Durante a operação policial no Bairro Alto, a PSP localizou e identificou quatro jovens menores de 16 anos que, dada a sua idade, foram entregues aos cuidados dos familiares.
Um dos jovens tinha apenas 14 anos, enquanto os restantes três tinham 15 anos - entre estes havia um que sofria de surdez -, pelo que foram conduzidos até à sede da 1ª Divisão da PSP, local onde foram contactados os pais dos mesmos.
"São jovens que consideramos que estão em abandono, não apenas por serem menores de idade, mas também por estarem numa zona sensível, conhecida pelo elevado consumo de álcool e pela prática de diversos crimes", explicou ao CM a subcomissária, Maria Dantier, da PSP.
Nesses casos, "a PSP contacta as famílias e encaminha os processos para a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens das respectivas áreas de residência, para que possam ser seguidos". Dos quatro jovens, um foi entregue em casa, enquanto os restantes três foram recolhidos por familiares.
(in «CM»).
A operação teve início pelas 00h00 de ontem e envolveu cerca de uma centena de agentes da 1ª Divisão da PSP, bem como inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Rua a rua, os agentes foram procedendo a vários controlos, identificando, ao todo, 522 pessoas. As autoridades tiveram mesmo de conduzir 43 cidadãos até à sede de Divisão, de modo a proceder à identificação das mesmas. Dessas, sete em situação ilegal foram notificadas para abandonar o território nacional de forma voluntária, e cinco foram notificadas para comparecer no SEF.
Tendo como objectivo a detecção de droga, armas brancas e de cidadãos em condição ilegal, bem como de suspeitos da prática de vários crimes, esta acção policial percorreu ainda, até às 07h00, as também concorridas zonas do Cais do Sodré e Chiado.
Os vários agentes que estiveram no local condicionaram o acesso a certas ruas, controlando as pessoas que nelas estavam. Vários jovens foram encostados às paredes, revistados e identificados. A inesperada operação causou a curiosidade de muitos noctívagos, enquanto outros reclamavam por não os deixarem circular livremente.
Os quatro detidos serão presentes durante o dia de hoje no tribunal de Pequena Instância Criminal, no Campus de Justiça, em Lisboa, para aplicação de medidas de coacção.
DISCURSO DIRECTO
"HÁ CONSUMO EXCESSIVO DE ÁLCOOL": Maria Dantier, Subcomissária da PSP
Correio da Manhã - Porquê esta operação no Bairro Alto?
Maria Dantier - Porque é uma zona de diversão nocturna onde afluem milhares de pessoas e é palco de alguns ilícitos criminais, como os furtos e roubos com recurso a armas.
- É uma zona problemática?
- É sensível. É uma zona histórica, ruas estreitas, elevada concentração de bares onde o consumo de álcool é manifestamente excessivo, tornando as pessoas em alvos fáceis.
- Controlaram algum ponto em especial do Bairro Alto?
- Sim, os que consideramos mais sensíveis. Como a entrada e saída de pessoas das lojas de conveniência, que compram cervejas de litro em garrafas de vidro, que podem ser utilizadas como armas.
PSP ENTREGA QUATRO MENORES A FAMILIARES
Durante a operação policial no Bairro Alto, a PSP localizou e identificou quatro jovens menores de 16 anos que, dada a sua idade, foram entregues aos cuidados dos familiares.
Um dos jovens tinha apenas 14 anos, enquanto os restantes três tinham 15 anos - entre estes havia um que sofria de surdez -, pelo que foram conduzidos até à sede da 1ª Divisão da PSP, local onde foram contactados os pais dos mesmos.
"São jovens que consideramos que estão em abandono, não apenas por serem menores de idade, mas também por estarem numa zona sensível, conhecida pelo elevado consumo de álcool e pela prática de diversos crimes", explicou ao CM a subcomissária, Maria Dantier, da PSP.
Nesses casos, "a PSP contacta as famílias e encaminha os processos para a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens das respectivas áreas de residência, para que possam ser seguidos". Dos quatro jovens, um foi entregue em casa, enquanto os restantes três foram recolhidos por familiares.
(in «CM»).
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