segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Haja dinheiro!!!







Frente Ribeirinha. Obras estimadas em 41 milhões assumidas pela Câmara
Por Sónia Cerdeira


A Câmara de Lisboa comprometeu-se com o governo a realizar todas as obras de requalificação da Frente Ribeirinha da Baixa Pombalina, com um custo estimado em cerca de 41 milhões de euros. Em contrapartida, a câmara vai receber 31,6 milhões provenientes de projectos de concessão e do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), apurou o i junto de fontes do governo.

O governo aprovou na quinta--feira a extinção da Sociedade Frente Tejo, celebrando um protocolo com o município com vista a transferir as responsabilidades com as operações da Frente Ribeirinha para a câmara presidida pelo socialista António Costa. Na altura, o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Luís Marques Guedes, afirmou apenas que a câmara iria receber a transferência de 3,58 milhões que resultava de um contrato da Frente Tejo com a ENATUR sobre o edifício onde está sedeado o ministério da Administração Interna, e o "imóvel do Tribunal da Boa Hora", cujo valor estimado é de 7,5 milhões de euros.

Ao que o i apurou, fazem também parte das transferências de concessões que antes eram do Estado e que agora vão passar para a autarquia, 2,7 milhões de euros resultantes de um contrato com o Supremo Tribunal de Justiça sobre a ocupação de espaço pela Cruz Vermelha Portuguesa e mais 59,6 mil euros resultantes de um contrato com a Associação de Turismo de Lisboa sobre as instalações dos CTT no Terreiro do Paço.

Passa ainda para o município a transferência no valor de 2 milhões de euros de um contrato celebrado com a Associação de Socorros Mútuos dos Empregados do Estado sobre a ocupação do espaço da Farmácia do Estado e mais 9,22 milhões de euros provenientes de um contrato com a Música no Espaço, Lda., sobre a concessão de exploração do Torreão Poente do Terreiro do Paço. E ainda a transferência de 5,1 milhões resultado de um contrato com o próprio município de Lisboa sobre a concessão da ala Nascente do Terreiro do Paço.

Além disso, a câmara vai também receber 1,4 milhões em verbas do QREN associadas às empreitadas que assume, nomeadamente na sequência das obras na Ribeira das Naus e Terreiro do Paço. Ao todo a câmara irá encaixar 31,6 milhões em contrapartidas financeiras, apesar de assumir 41 milhões nas obras de requalificação.

O autarca António Costa sublinhou na quinta-feira que aquilo que a câmara vai receber não cobre todo o investimento que terá de ser feito, mas ainda assim mostrou-se satisfeito com a transferência de responsabilidades. "O edifício destacável do Largo da Boa Hora será afecto a jardim de infância e escola do 1º ciclo, uma necessidade não satisfeita na baixa de Lisboa. O edifício maior virado à calçada de São Francisco será afecto a serviços que temos dispersos por toda a baixa e a zona mais nobre permitirá concentrar a Assembleia Municipal e toda a vereação", revelou então.

(in «i»).

1 comentário:

J A disse...

"O edifício destacável do Largo da Boa Hora será afecto a jardim de infância e escola do 1º ciclo, uma necessidade não satisfeita na baixa de Lisboa."

....muito bom para a Baixa !